Por Clineida Junqueira Jacomini
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Contra o cigarro! Sempre!
Não! Não sou Domenico di Masi; continuo a velha Clineida escrevinhadora e ainda pensante! Ultimamente não tenho mostrado a minha cara interior dadas às muitas polêmicas na política e fora dela. Não quero morrer esfaqueada pelas minhas opções que são até bem reles e singelas. Em casa, forçadamente pela minha proverbial preguicite e minhas limitações pelas dores e achaques de velha senhora, tenho visto vários filmes nas séries famosas e realmente inebriantes. Uma delas é The Crown que mostra a história, real ou não da rainha Elizabeth II da qual eu, menina assisti à coroação e casamento…na tela do cinema, é óbvio! Sempre gostei de história apesar de abominar nosso neologismo gaulês: estória que vem do seu story. Muitos fatos me eram desconhecidos. Sabia do carisma de Churchill, o grande (literalmente!) primeiro ministro e até conhecia sua esposa, Clementine, de grande e boa influência na vida de Winston. Artistas bem parecidos com os originais; o ministro que substituiu Churchill, David, o ‘reiquenãofoi’ por amor à sua Wally Simpson e que descobri, teve ligações espúrias com Hitler; Margareth, a rainha-mãe e outros. Os castelos são majestosos; as roupas dignas da realeza britânica, os personagens … me surpreenderam e encantaram. Também as tristes situações de perdas, obrigações protocolares que parecem ter caído em desuso com os atuais casamentos ingleses. Afinal, tudo muda, ou ‘dimuda’ como dizem aqui na minha rocinha e todos nós temos que aceitar as mudanças ou, pelo menos, nos adequarmos a elas. Aparecem na série o muito amado Peter Towsend que depois de rompido o namoro com a irmã da rainha por ser proibido pela tradição e leis da igreja anglicana viajou pelo mundo todo, passando pelo Brasil, inclusive. Também Jaqueline, depois Onassis, Nasser, Mac Millan, Profumo, Philiph, o duque de Windsor que, não sabia, tinha linhagem também real, vindo da Grécia e da própria rainha Vitória. Daí, pôde ser o eterno príncipe consorte (literal ou nem tanto)! Como sofreu o coitado desde que era menino! Seus pais se separaram; perdeu a irmã que adorava e, sendo considerado sempre inferior, andando atrás de sua esposa ( mas amada por ela!). Mas, o que queria realmente escrever e que foi muito notado foram os hábitos daquelas décadas distantes: 40, 50, 60… Como bebiam e fumavam!!! Homens e mulheres sempre com cigarros acesos e copos nas mãos!! Como esses vícios, mormente o fumo, diminuíram nos nossos dias! Será por causa do medo das doenças que provocam? Das leis que proibiram seu uso em público? Alguma coisa deu realmente certo! Quando eu era mocinha sempre ouvia (não acreditando, nem seguindo!!) que fumar era elegante; era chique! Mas, todos nós sabemos os malefícios que o cigarro causa e que são notados depois de anos de seu abandono. Os pulmões ficam escuros e lesados mesmo depois de 15 anos livres do fumo! Danos irremediáveis! Agora com os modernos cigarros eletrônicos, mas não menos letais! E nós e nossos atos e atitudes? Terão remédio? Volta? As mudanças para melhor serão feitas pensando nos processos jurídicos de nossa terrinha? Temos medo da justiça, por vezes injusta e parcial? Mas, existe, para nós, cristãos, um tribunal celestial onde o nosso Deus justo, será também um juiz poderoso e sábio a condenar ou inocentar os humanos por seus atos, pensamentos, atitudes e omissões. Acabei de assistir a um vídeo lindo onde 2 gêmeos conversam no útero materno acerca da vida depois de onde vivem por 9 meses. Um acredita em outra; diversa, onde seus atos serão diferentes; outro acredita só na vida dependente da placenta e cordão umbilical. Uma metáfora bem-feita sobre a vida depois dessa nossa, terrena. Pelo sim, pelo não, vamos viver como se existe uma depois, como dizia minha sábia mãe!