Por Clineida Junqueira Jacomini
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Eufemismo meu mesmo, caso alguém ainda não tenha inventado/usado essa palavra esdrúxula e feia. Mas, pior que seu som, é a sua realidade e relevância. Estamos vivendo a época dos incautos que caem em golpes a toda hora. Seja nos negócios, nas compras, nas vendas, nos erros… no casamento; noivado; namoro….. Seja no clube, nas igrejas, nas escolas….. Como nos passam a perna, os braços e até o corpo!!! Coisas estranhas nos acontecem e vou tentar me lembrar de algumas delas. De manhã procurando o Instituto Federal, de Poços de Caldas; ando prá lá; não acho; volto, também não acho! Retorno à pista e nem vi a placa avisando que a velocidade era de 40 km por hora. Atingi 53 e a aceita era até 46. Multa e pontos na CNH de minha filha, pois financiei o carro automático que preciso, mas não posso mais fazer financiamentos, pois sou de idade avançada! Fui atrás do DER mineiro para transferir as perdas para mim. Na mesma cidade, na avenida movimentada do centro, eu na faixa do meio que é a minha preferida, vejo um carro sair da minha direita; passar na minha frente; ir para a faixa da esquerda e na mesma hora, ou segundos depois, voltar para a faixa da esquerda de novo! Que ‘vantagem Maria leva’ como era o ditado de minha juventude? Nada e mais nada, mas pondo em risco os demais carros que por ali trafegavam. Levou multa? Não, com toda a certeza, pois guardas não viram; nem estavam por ali.
Pago, mas não ando! Tenho o Sem Parar e obtenho até um desconto por morar na zona rural ‘cortada’ em meu acesso à cidade por uma praça de pedágio. A metade, portanto, mas pago! E lá vem um monstro de um caminhão e atrás dele 10 carros impedidos de ultrapassarem, faixa sempre contínua aqui na serra. E depois? Mais um caminhão enorme e atrás mais 10 (ou mais!) carros e eu andando a 20 km/hora! Está certo isso?
Outro dia recebi uma mensagem dos Correios de boa fama desde que eu era menina e mandava muitas cartas, (hoje só no zap!). Era um aviso sobre o rastreio de alguma coisa que havia comprado. Alerta, não abri e fui à agência. Golpe. O link não era dos Correios!
Mercado Livre: Um amigo comprou um pacote de azeites conhecidos e bem baratos, anunciado pelo Mion, pessoa pública de grande credibilidade. Recebeu? “Necas de pitibiriba”, outra frase antiga de minha infância! E com o logotipo do também mui confiável Mercado Livre, amarelinho! Igualzinho! Golpe!
Agora até a Febraban entrou no meio, pois está ocorrendo um novo golpe na praça usando o nome e serviços de bancos famosos!
E o que me deixa prá lá de irritada é o uso indevido da palavra Olimpíadas, assim, no plural quando esta, de 2024 é uma única Olímpiada, no singular constituída por vários Jogos Olímpicos, esses sim, usados no plural. E quem tem esse erro crasso? A famosa do Plim plim! Será que não existem mais professores de Português de plantão assistindo a essa ignominia verbal/global??
Falando em erros de Português, jornalistas famosos, redatores e revisores passam batido (e a batida vem direto aos meus ouvidos que se lembram das aulas de regência verbal bem dadas pelas minhas excelentes professoras de Português: Helena Namen, Dra. Lavinia, Wilma Nasser e madres andrelinas). Aprendi e uso até hoje e sempre: Visar é O cheque; visar AO objetivo; À meta etc, com crase no caso do feminino. Tenderam? Visar e assistir são verbos de múltiplas regências. Fico indignada! Onde ou aonde vamos parar? Não sei e nem quero saber! Mas, que tudo anda errado, ah! Isso anda!
Na “Olímpiada de Paris”, mostrando todos os lugares maravilhosos da cidade, outro acinte: um arremedo da Santa Ceia de Da Vinci, heresia e desrespeito para com quem crê, mas depois desmentido por alguém de lá. Acho que vamos parar é no agora limpo rio Sena!
Em tempo: soube que esse plural da atual Olimpíada é usado porque esses jogos são os segundos na cidade-luz que já sediou outra Olimpíada! Aceitei!