Por Clineida Junqueira Jacomini
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Para o professor João Batista Scanapiecco que já teve um fusca! E às crianças!
Tudo entra e sai da moda. O ser humano é mesmo efêmero em seus gostos e usos! Quando era mocinha para tudo se usava a palavra ‘tétrico’! Um pouco forte demais e descabida em seu uso e acho que nós, moçoilas nascidas na década de 40, nem sabíamos, na verdade, o que significava de fato essa palavra! Agora curto muito meus netos de 14 e 9 anos aqui perto de mim. Aprendi com eles a nova moda: quando se vê um Fusca e ou uma Kombi, se bate em quem está perto e é aquela zoeira! Meu neto, sempre espicaçando e perturbando sua irmã, bate com tanta força que ela grita até sem querer. E morando na Prata, vindo para São João, já sabem, ambos, onde ficam alguns desses exemplares parados. Aí é aquela luta para ver quem bate primeiro. Meu neto diz que isso aperfeiçoa a visão periférica (acho que nem entende bem o que é isso, mas que é verdade, isso é!). Todos nós ao andarmos por aí ficamos doidos para ver esses carros tão úteis e conhecidos antigamente e a cada dia mais raros de se ver. Modelos asiáticos estão a cada dia entrando mais no mercado, desbancando americanos e europeus no asfalto. Há ainda cidades e bairros onde se veem muitos fusquinhas e algumas Kombis. Andradas é, sabidamente, dominante nesse setor: é a cidade do fusca. Por que será que o Volks tomou esse nome tão carinhoso e simpático? Já tivemos vários, todos sem darem trabalho mecânico, apesar de muito uso e caberem neles tantas coisas. Já fomos passear aqui em SP e várias vezes no PR com 5 adultos dentro, fora as malas! E sem cinto, coisa que não se cogitava à época. Agora viraram verdadeiros dinossauros de metal e ambulantes. Uma vez, numa concessionária de automóveis, pretendíamos trocar nossa perua, na época uma Caravan. O moço que nos atendeu fez pouco caso; não deu valor ao que tínhamos e achamos mesmo que não iria dar negócio. Dizia que aquele modelo estava fora de moda; sem muita procura, nem aceitação. Démodé! Não aguentei e disse: _Imagine que você mora num sitio perto dos ‘Boteio’! A batata foi bem; safra boa e preço em alta. Você tem um fusquinha ‘taiado’, que lhe serviu até agora para vir fazer a feira nos sábados, trazendo seus queijos. Alguém lhe oferece essa perua, grande, espaçosa possante! Você não iria querer comprá-la, dando-lhe o devido valor? Ele concordou! Tudo na vida é uma questão de oferta e de procura; de necessidade e motivação! Não desmereça nada, nem ninguém!
E nessa semana da padroeira, das crianças e dos professores, devemos dar valor e mérito aos fiéis católicos, tão sinceros; às novas gerações, que tanto nos ensinam as novas tecnologias e aos mestres, inesquecíveis, que mudaram nossas vidas, ou pelo menos, a nossa visão do mundo! Eu, inclusive, devo muito aos meus professores maravilhosos e também procurei ser (e acho que consegui!) uma boa e amada professora! E nos três níveis de ensino!
Crer; ensinar e aprender… uma constante em nossas vidas! Foco, força e fé! Evivanóis!