Por Clineida Junqueira Jacomini
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Que coisa extraordinária é a Terra! Nessa época de recomeço e em qualquer outra ocasião ela recebe, suporta, alimenta e dá nova vida a tudo! Tem seu dia, mas merece nossa reflexão e genuflexão sempre! Qualquer raminho que você enterre numa terra fértil, logo brota, viceja e vai em frente! Tal qual nossa família, a terra nos dá suporte e certeza; amor e grandeza! Até rimei! Eu, que não rimo nem flor, com dor! Duas coisas que, aliás vem da terra. Como sofre o lavrador! Se tem que usar a enxada sob o sol escaldante, cada vez mais forte; sofre com o suor e as mãos calejadas. Ele nem precisa de academia: seu exercício é saudável, apesar de cansativo e dá frutos. E se a terra é plana e o patrão compra tratores, colheitadeiras, plantadeiras, roçadeiras e outras eiras, ele perde o emprego. Uma máquina desde sempre substitui dezenas de homens que terão que imigrar para as cidades (em suas periferias piores que as colônias de antigamente, na roça!)
Falando em terra, lembramo-nos de clima. Nunca em minha vida longeva passei tanto calor na época dita de frio! Junho, julho e agosto….com sol escaldante. Logo depois, um frio de doer…literalmente as juntas de velha senhora. O que está acontecendo com nosso planeta? Andando nas cidades próximas também constatei que nunca vi tantos veículos como ultimamente! Senão, vejamos porque: gente assalariada não tinha condições de comprar um carro; hoje tem; famílias de posse tinha um carro para serventia de todos; hoje o pai tem um; a mãe, outro; e cada filho tem o seu! E é inegável que um carro, seja movido a etanol ou gasolina, solta gases e polui o ambiente. Isso mexe na tal calota e o resultado está aí; clima louco e ferindo a todos nós. Agora puseram a culpa no pum gasoso do gado. E, como Esopo muito bem definiu em sua fábula das uvas: o ser humano tende e põe sempre a culpa em outrem; dessa vez nem os bois escaparam….e não foi do pasto e sim da língua humana que precisava achar um culpado. Paro, ultimamente, na vaga do idoso num supermercado ao lado do posto de energia elétrica para os novos carros elétricos. Será que eles poluem menos? Penso que sim, mas ao mesmo tempo, para se ter a energia suficiente é preciso mais água, mais usinas, mais poste, fiação….etc etc.
Temos em nossos carros a luz baixa e a alta. Pois até sugiro que os fabricantes retirem essa última, quase sem serventia mais, tantos os carros que se aproximam, frente a nós, seja em que hora for, sem interrupção, impedindo assim que tenhamos o trabalho inútil de acionar o farol mais forte!
Estou reclamenta? Demais da conta? Acho que não. Constato tão somente a situação em que vivemos! Reclamar? Nunca (ou quase nunca! Afinal, não sou nenhuma santa!). Demos graças a Deus por 2024 e peçamos graças especiais para o ano que se inicia! Afinal, estamos vivos e alcançamos 25 anos depois do temido bug do milênio! Lembram-se? Parecia que 2.000 seria o fim do mundo, que afinal, continua aí, poluído, problemático, mas firme!
Feliz ano novo, mesmo que sejamos mais velhos!