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Em escolas que priorizam a exploração livre e o contato com a natureza, os bebês têm oportunidades únicas de aprendizado. A Escola de Infância do Experimental Integrado, em São João da Boa Vista, realiza seus trabalhos a partir desses conceitos: os ambientes de aprendizagem são projetados para acolher as crianças e oferecer experiências afetivas, sensoriais e motoras variadas, sempre com respeito ao tempo e às necessidades de cada uma.

Com abordagens pedagógicas inspiradas em Reggio Emilia para a educação infantil e Pikler para o Berçário, sua proposta reflete um compromisso com o desenvolvimento completo da criança ao revalorizar a conexão com a natureza e atender às individualidades. “É por meio da liberdade de exploração e da vivência em um ambiente rico de possibilidades que os bebês começam a construir os fundamentos de um aprendizado significativo”, explicou a coordenadora pedagógica da Escola de Infância, Emiliana Almeida.
Essa abordagem favorece, inclusive, a interação social. “Em um ambiente preparado para incentivar a curiosidade e o protagonismo da criança, o aprendizado vai muito além do desenvolvimento individual; ele apoia as competências de socialização”, afirmou Emiliana. De acordo com suas pesquisas, os bebês compartilham suas descobertas ao explorar um material natural como a argila, por exemplo, e estabelecem trocas de experiência com colegas e educadores. Em seu artigo científico “A exploração livre do bebê e a materialidade da argila no contexto do berçário”, ela relatou diversos resultados positivos de suas observações.
MOLDANDO A ARGILA E CONSTRUINDO APRENDIZADO
De acordo com especialistas em Educação, a exploração de materiais naturais no ambiente escolar reforça a conexão das crianças com a natureza. Um exemplo é o uso da argila: rico em possibilidades sensoriais, este recurso natural é um valioso para o desenvolvimento motor, emocional e cognitivo dos bebês. “A argila é parte da história da humanidade e permite aos bebês explorarem a essência dos elementos naturais”, explicou Emiliana. “É um material vivo, composto por terra e água, que responde às ações da criança e a convida a experimentar sua própria capacidade de criar”.
Quando as manipulam, os bebês despertam os sentidos e podem experimentar diferentes texturas, densidades e transformações. Essa interação ajuda a desenvolver sua coordenação motora, percepção espacial e criatividade, além de trabalhar sua autonomia e confiança ao resolver desafios como moldá-la ou empilhá-la, por exemplo.
Ao proporcionar materiais como a argila no contexto escolar e conduzir o aprendizado da maneira correta, instituições com abordagens pedagógicas sólidas e inovadoras, como a Escola de Infância do Experimental Integrado, criam condições para os bebês adquirirem habilidades fundamentais para a vida, como iniciativa, capacidade de resolver problemas, trabalho em equipe, expressão pessoal e autoestima.