Por Clovis Vieira
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O Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro já começou a receber melhorias, conforme antecipou O MUNICIPIO, em abril. “A primeira ação é realizar uma limpeza bastante significativa, em face da situação atual que estava pedindo essa providência”, informou o padre o José de Vilas-Boas, 66, pároco do Santuário.
Após o que ele chama de “boa higienização”, virá o próximo passo, que é a restauração de alguns quadros sacros, para, finalmente, chegar à parte estrutural do templo, que apresenta algumas trincas e rachaduras nas paredes.
PROFISSIONAIS
A limpeza necessária começou no presbitério, por sua estrutura ser considerada a “mais complicada”, com muitos detalhes no entalhamento dos arabescos, muitos contornos que retém poeira, resíduos e fuligem acumulados com o passar dos anos. Nesse local, de acordo com o padre, não há situações em que a pintura tenha de ser refeita ou retocada, devido à presença do gesso em sua constituição. “É um trabalho bastante delicado, que exige profissionalismo para isso; o pessoal que hoje realiza essa ação é o mesmo que restaurou a igreja velha de Aparecida do Norte”, sendo, portanto, alguém que já tem graduação para isso e tempo de experiência.
Padre José de Vilas-Boas antecipa que a iluminação no interior da igreja também receberá melhorias. A expectativa é que o profissional designado para o serviço possa criar uma “linguagem de luzes que possa nos ajudar nos momentos de oração”. Ele afirma que tudo o que se deseja realizar no Perpétuo Socorro é preparar o ambiente para receber da melhor forma os fiéis que ali chegam para seus momentos de sintonia com o divino.
PRESERVAÇÃO
“Além de o Santuário ser um patrimônio muito valioso para a Congregação do Santíssimo Redentor, que é a dona de todo o imóvel, temos a questão do tombamento histórico feito pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Condephic)”, explicou Vilas-Boas.
Inaugurado em 1941, o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Vila Conrado, enfrenta a passagem do tempo ao constatar rachaduras sérias em algumas paredes, rachaduras em algumas partes do piso do templo, afrescos sendo ameaçados por sujeira de pássaros e problemas nas paredes onde estão instalados e um leve rebaixando do teto de madeira. “Nós temos aqui imagens antigas e valiosas, além 14 afrescos belíssimos, de grande valor artístico, que precisam de cuidados especiais”, disse.