Morte de balconista: condutor de moto ainda não foi ouvido

Por Marcelo Gregório
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Perto de completar um mês do acidente entre moto e caminhonete que resultou na morte da balconista Claudiane Aparecida Meneguini Martins, 39, em São João da Boa Vista, a Polícia Civil ainda não ouviu o condutor da moto P.R.B, 37. De acordo com informações fornecidas pela Delegacia Seccional, a vítima “ainda não foi ouvida [porque] reside em outra localidade [e está] dependendo de carta precatória que já foi expedida”.

Fatal: Claudiane Aparecida Meneguini Martins morreu após a moto em que estava ser atingida por caminhonete Toyota Hilux (Reprodução/Arquivo Pessoal)

Quanto ao empresário L.E.A.O, suspeito de dirigir e provocar o acidente, embora ele tenha prestado depoimento horas após o desastre, a Polícia reforçou à reportagem do O MUNICIPIO que necessita colher mais detalhes para o desfecho do caso. “Ele estava abalado emocionalmente, não tendo tecido maiores detalhes naquela oportunidade. É cedo para emitir parecer taxativo quanto ao acidente”, respondeu a Seccional.

RELEMBRE O CASO

Claudiane trabalhava como balconista no supermercado Big Bom, em São João, e tinha dois filhos. Ela morreu na madrugada de 30 de setembro, na rodovia Dr. Adhemar Pereira de Barros (SP-342), após a moto em que ocupava (garupa) ter sido violentamente atingida pela caminhonete do empresário. A Polícia Civil ainda não forneceu detalhes sobre qual seria a velocidade em que o veículo Toyota Hilux transitava e nem se o suspeito havia ingerido algum tipo de bebida alcóolica.

Consta no boletim de ocorrência que a moto Honda CG 125 não registrava nenhuma irregularidade e trafegava pela SP-342 quando na altura do quilômetro 230, sentido São João, sofreu o acidente. Segundo a perícia, não houve registro de marca de frenagem do veículo no asfalto. A moto foi arrastada por vários metros. A morte da mulher foi constatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o condutor da moto teve fraturas no quadril, sendo socorrido pela Renovias, concessionária responsável pela rodovia.

REVOLTA DA FAMÍLIA

Passados quase 30 dias, amigos e familiares de Claudiane seguem pedindo por justiça em razão da ausência de socorro por parte do condutor da caminhonete. As investigações continuam sob a responsabilidade da Central de Polícia Judiciária (CPJ). A conclusão do Inquérito Policial depende dos respectivos laudos de exames periciais e depoimento da vítima sobrevivente, no caso o condutor da moto.

Ainda sem o desfecho do caso, o empresário, sócio administrador de uma propriedade rural em Águas da Prata (SP), segue apontado como o principal suspeito de dirigir a caminhonete. A defesa dele ainda não se manifestou sobre o caso.

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