São João lidera ranking de empregos na região em agosto

Por Pedro Souza
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São João da Boa Vista liderou o ranking da região na geração de empregos com carteira assinada no mês de agosto, com a abertura de 287 postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na segunda-feira (2).

Agro: principal responsável em fazer a geração de empregos ser positiva na região (Divulgação/Internet)

O bom resultado veio do agronegócio, que contratou 132 pessoas no oitavo mês do ano, seguido de comércio e serviços, que abriram 75 postos de trabalho cada um. O setor industrial gerou apenas quatro novos postos de trabalho em agosto, 129 a menos do que julho, quando ficou em segundo lugar no ranking, com a abertura de 133 vagas de emprego.

Além de São João, Mococa, São José do Rio Pardo, Espírito Santo do Pinhal, Vargem Grande do Sul e Casa Branca também contribuíram, somando 967 empregos com carteira assinada na região em agosto.

SITUAÇÃO

Apesar de positivo, o índice é 54,8% menor do que no mês anterior, quando foram abertos 2.144 postos de trabalho nas seis cidades. Já se comparada a agosto do ano passado, a geração de empregos na região foi 34,8% maior. A soma dos oito primeiros meses deste ano – quando foram gerados 3.968 empregos na região – também está menor do que no mesmo período do ano passado, quando essas seis cidades abriram, juntas, 5.891 postos de trabalho.

Para o vice-diretor do Ciesp São João da Boa Vista, Adriano Fontão Alvarez, os dados refletem a atual situação política do país.

“Tem alguns fenômenos que analisamos. Por exemplo, no mercado financeiro já está ficando claro que os juros vão voltar a subir. A explosão da DI [depósitos interfinanceiros] na Bolsa de Valores, desde a última sexta-feira [29], já deixa claro que o Governo está gastando muito mais do que poderia, então a situação com recursos deve ficar difícil, o que deixa os empresários receosos em relação aos gastos e investimentos”, explicou.

FATOR AGRO

O levantamento do Caged aponta também que, dentre as seis cidades da região, em cinco os números positivos foram puxados pelo agronegócio, com exceção de Espírito Santo do Pinhal, onde a geração de empregos foi maior no setor de Serviços.

“Temos algumas cidades que fornecem peças para mercados setorizados. O mercado de pivô agrícola é um dos que fazem a geração de empregos ser positiva na região, isso porque o agronegócio no Brasil continua forte. Embora tenhamos indícios de que o Governo não tem liberado verba para financiar esse setor, o agronegócio está capitalizado e o mundo está cooperando para que ele se consolide ainda mais. O Brasil é muito competente nessa área, com órgãos como a Embrapa que apoiam o agronegócio, e que acaba puxando junto a indústria e até o setor de serviços”, analisou Alvarez.

OUTRAS CIDADES

Mococa vem em segundo lugar no ranking, com 229 vagas de emprego, puxadas pela indústria (95) seguida do agronegócio (92). Na contramão da região, a cidade foi uma das únicas que aumentou a geração de emprego em agosto, se comparado a julho, quando foram abertos somente 11 postos de trabalho.

Na sequência vem São José do Rio Pardo, com a contratação de 199 profissionais, realizada majoritariamente pelos setores do agronegócio (152) e serviços (35). Em julho a cidade havia aberto 481 postos de trabalho com carteira assinada.

Vargem Grande do Sul abriu cem postos de trabalho em agosto deste ano contra 406 em julho. O recuo foi de 75,3%. A geração de empregos também foi puxada pelo agro (57), seguida do setor industrial, que abriu 29 vagas.

Em Casa Branca foram abertos 91 postos de trabalho, puxados pelo agro (59), seguido pelo setor de serviços (11). O número também é inferior a julho, quando a cidade gerou 159 postos de trabalho.

Por fim, Espírito Santo do Pinhal – como Mococa – também aumentou as vagas de emprego em agosto, com 61 contratações, se comparado a julho, quando gerou 29 vagas. A cidade foi a única cujos postos de trabalho não foram abertos pelo agronegócio que, ao contrário, teve demissão. O setor de serviços gerou 64 empregos, seguido pela indústria, com 42 vagas, contra 70 demissões no agro.

ESTADO

No estado de São Paulo foram gerados 65,4 mil postos de trabalho em agosto, incentivados pelo setor de serviços (37,8 mil) e comércio (13,1 mil). A indústria gerou 5,2 mil empregos neste mês.

O número total é 49,3% maior do que o mês de julho, quando foram abertas 43,8 mil vagas. Os números de setembro serão divulgados apenas no final de outubro.

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