Felicidade

Por Clineida Junqueira Jacomini
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Para a Mara Giselda Virga, de volta ao lar dos lindos crepúsculos!

Felicidade: o que nós buscamos; o que sentimos e o que ainda não aprendemos.

Como sou feliz! Será que dizer isso irá atrair para mim jorros de influências negativas de quem não me ‘apreceia’, como dizem aqui na rocinha? Sei não, mas confio no amor e providência divina para comigo! E desde o ventre materno!

Por que sou feliz? Sou independente física, financeira e espiritualmente! Moro num lugar lindo! Tenho um bom carro; bom nome; bons amigos; boa família; bom tudo! Estou viva e ainda forte com 78 anos. Sei que algumas dores me atrapalham e entristecem. Quem aguenta sentir dor? Eu constato que não! Sempre estive rodeada de pessoas boas, íntegras, honestas. Venho de uma estirpe que me orgulha, mas meu orgulho é santo, posso garantir! Fui sempre muito amada; tendo pais e avós não muito carinhosos, por índole e raça, mas que sempre me deram o apoio amoroso e firme que uma criança precisa para ser um adulto honrado.

Uma vez minha cunhada me disse que até seus 50 anos tinha tido tudo de bom, sendo muito feliz. E que estava na hora, coisa mais que justa, de ser penalizada; um tanto bom! Sabem que estou pensando assim também? Sempre tive tudo para ser uma pessoa feliz. É justo, perante tantas outras que sofrem desde crianças que, eu, de agora em diante, tenha meus percalcinhos, não? E também tenho pensando muito e mais na morte. Uma vez falei para um pastor amigo que na hora de ler a Bíblia queria ‘pular’ o livro de Números. Lá só se fala na descendência dos vultos do Antigo Testamento e que para mim não tinha tanto significado como o livro de Crônicas, Provérbios, Salmos e outros. E ele me disse que várias pessoas se converteram exatamente por esse livro não dizer muitas coisas além de: Fulano, filho de Beltrano, nasceu, cresceu, se casou, teve tantos filhos e morreu. Essa é a única ou quase única verdade dessa nossa vida!

Já se disse com muita propriedade que a infância é uma mina que explode 30, 40 anos depois, na maturidade. A minha bomba não explodiu em ruindades, e sim em felizes lembranças de uma criança ‘livre, leve e solta’, tal qual nome de novela global por entre essas serras que amo tanto!

Tudo na vida tem dois ou mais lados. Nascida e morando em fazendas, sei que para se ter lucro, algum, o terreno deve ser tratorável, mais plano e de fácil manejo. Mas, que não vivo sem uma serrinha linda, montes azuis ao poente e nascente, isso é uma verdade para mim. Tem gente que vai para longe em lugares altos e caros para desfrutar do ar, clima e belezas das serras altas. Pois nós temos esse ramal lindo da Mantiqueira aqui, grátis e não damos valor! O seu devido valor! Agora com o turismo rural isso parece estar acontecendo. Nossa região é de uma pluralidade agrícola sem par! Agora até uvas estamos produzindo! E soube que as novas variedades de parreiras dão uvas duas vezes ao ano! Isso é bom demais, não!

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