Exposição animal

AOOOOOA… é uma delícia a Exposição Agropecuária!!!

Lembro muito bem das grandes exposições no Parque da Água Branca e no Parque da Água Funda, em São Paulo. Repleta de animais bovinos, bubalinos, equinos, muares, pássaros de criação e exóticos, carneiros, cabritos e uma infinidade de estandes do setor. Na década de 1970 e 1980, o agro era, ainda, filhote no quesito tecnologia (comparado a hoje), sobretudo em equipamentos e implementos, mas já sobrava raça, genética e padrão nos animais que vinham de todo o Brasil.

Os shows tinham o rodeio de bois e o de cavalos. O “modão” era raiz. Ambiente onde transitavam e interagiam os peões de boiadeiros que vinham para o trato do gado em exposição e acampavam nos trailers e barracas no estacionamento dos caminhões, com aquele cheiro de fazenda bem dentro da metrópole.

Naquele cenário, rolavam muitos negócios, muitas trocas de conhecimentos, muitas apostas, não necessariamente em valor monetário. Os brutos montavam em touros à noite, enquanto acontecia a confraternização da força de trabalho do campo nos bastidores. Nos estandes de equipamentos e implementos, sempre com boas linhas de créditos, acontecia o fomento da tecnologia que hoje já é presente.

Nos corredores dos animais aconteciam o fomento da genética e da produção com os criadores e profissionais do ramo como agrônomos, zootecnistas e veterinários. Mas, principalmente, pelos juízes de raças que faziam suas “espionagens” pré-pista de julgamento. Enfim, uma atmosfera maravilhosa, fora o favo holandês com calda de caramelo de noitinha… kkkk.

Nostalgia e brincadeiras à parte, fecho o texto com a alegria em ver o empenho da Prefeitura, empresários, criadores e imprensa em manter nossa EAPIC como uma exposição importante em nossa região da Média Mogiana, berço do melhor Mangalarga Paulista; referência para o julgamento do cavalo Árabe e fomento técnico no agronegócio, com palestras e muitas provas equestres. Espero, um dia, que São João possa ser novamente uma bacia leiteira e encher de gado nosso Parque de Exposições, assim como já foi até meados dos anos 1990 e consagrar campeãs como a Lokinha, uma novilha sênior da raça holandesa da maravilhosa Fazenda Retiro, em 1997. Nesse tempo ainda existiam alguns estábulos e retireiros como o Joel que, com certeza chamávamos de Joer, remanescente de um profissional em extinção que chegava a tirar mil litros de leite ainda só com as mãos.

Fico pensando!!! Já imaginou se tivéssemos um grande projeto de revitalização do setor leiteiro e derivados em nossa região; uma captação de recursos no Ministério da Agricultura Familiar, para encher de orgulho e alegria sitiantes que podem tornar suas propriedades rentáveis, ao ponto de entrarem no cenário do tão famoso agronegócio!!!!!? Utopia? Sonho bom? Espero que não! Uma realidade num futuro próximo!!!

Plínio Aiub é médico-veterinário especialista em animais silvestres

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