Necessidades

CLINEIDA JUNQUEIRA JACOMINI
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“O que você não usa; você não precisa!”. Radical isso, não? Verdadeiro? Realmente precisamos de muito pouco para viver/sobreviver. Pesquisas nunca chegaram à conclusão sobre o grau de resistência humana depois de estudos realizados com presos na Sibéria, tão gelada, sempre e com um mínimo de alimentação e aquecimento. Tinham tudo para morrer e resistiram e sobreviveram. Também em Auchivist e outros campos temos muitos exemplos da resistência/resiliência dos judeus. Livros e mais livros, relatos reais nos contam sobre isso. Então o que realmente nos é necessário? Para viver bem, uma Mercedes, vinhos bons, a tão falada e discutida picanha, cobertor elétrico, celular, água quente para o banho, uma música maviosa; uma roupa bonita, joias….Tudo isso vem a calhar para fazer o ser humano feliz. Mas, e em se tendo tudo isso a pessoa se deprime e até tira a própria vida, quando não a do próximo como vemos, aterrados, nos Estados Unidos? Tudo é tão complexo; tão sutil e tão tênue em se tratando do homem! Agora se escrevo homem, no sentido geral, genérico, abrangendo também a nós, mulheres, caio no gravíssimo e atual problema de ofender a elas!!! Queria e deveria colocar aqui aqueles e mogis de cara espantadíssima como usamos rotineiramente nas redes sociais. Isso ainda não chegou ao meu velho teclado preto. Ops! ofendi outros seres? E se falar em homenzinhos verdes, ofenderei os marcianos, tidos assim por essa cor mesmo que ninguém os tenha conhecido, nem visto! Somos uma sociedade ofendida, cheia de mi mi mis! Que de bonito, só o som da nota musical… que não ofende ninguém! Nos Estados Unidos desde sempre (e há muito tempo!) era comum as associações disso e daquilo para protegerem as minorias. Pois isso chegou até aqui! Agora por decreto presidencial o resguardo das instituições religiosas com mais direitos aos cultos e manifestações. Mas, realmente precisamos disso? Precisamos de mais comida, moradia, trabalho, diversão… numa sociedade tão díspar, onde uns têm muito e muitos têm tão pouco. O socialismo seria a solução? O comunismo? A História nos mostrou que não. Então o capitalismo? Também não, esse exagerado, faminto de riquezas para uma classe que já tem bastante e quase nada aos pobres. A educação seria a solução? Também não, pois conheço pessoas sem estudo que são sábias por sua boa natureza. Mas, justo eu que nasci, vivi e vou morrer professora dizendo isso? Pois é, a vida é mesmo complexa, o ser humano também e cada um com suas idiossincrasias tão pessoais e únicas, né! A educação formal não garante a boa conduta, nem a preservação dos valores que realmente têm valor. O BBB global nos mostra isso (pelos comentários da UOL; não que algum dia eu assista a tantos disparates). Sexo é banalizado; mentiras e conluios também; pessoas sem o mínimo para liderar ou serem seguidas ficam endeusadas e seguem uma carreira brilhante e lucrativa vida afora por terem participado um dia dessa ‘coisa’ chamada Big Brother. Aliás, vinda de George Orwell em “1984”, escritor inglês. Ele escreveu esse livro em 1948, no pós-guerra, vaticinando como seria o mundo 36 anos depois. E não é que ele acertou!!! No livro, os homens estavam sempre sendo observados pelo ‘olho’ governamental que a tudo via, supervisionando e castigando atos, os mais íntimos e sagrados. Será que aqui fora da casa construída para o confinamento tal qual os bois para engorda já não estamos vivendo tal vigilância? Há poderes maiores e com a supremacia garantida por lei, mas exagerada nos últimos tempos que nos vigiam, repreendem e prendem até por pensarmos, falarmos e escrevermos o que sentimos! Veremos isso na CPI das fakes news! Sei não! Isso pra mim só e já cheira à censura! E cá estou também eu aqui com meu mi mi mi que trocaria pelo lá, tom universal que, esse sim, padroniza tudo! E é sempre de bom tom!

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