Confissão

CLINEIDA JUNQUEIRA JACOMINI
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“Se nada mudar, invente, e quando mudar, entenda. Se ficar difícil, enfrente, e quando ficar fácil, agradeça. Se a tristeza rondar, alegre-se, e quando ficar alegre, contagie. E quando recomeçar, acredite: você pode tudo. Tudo é possível pelo amor, pela fé que você tem em Deus”.

Permitam-me, ainda em clima carnavalesco, contar algo de meu passado relacionado à festa momesca. Nunca briguei com meu marido, ‘ambos nós dois’ com gênio bom, educados e se amando, sempre! (e lembrando aquele ditado antigo: Elogio em boca própria é vitupério!” Mas, quem hoje em dia sabe o que é vitupério???) Em mocinha, na década de 60 usava-se aqueles coques enormes, estruturados à base de muito laquê. E tínhamos que ir, semanalmente ao cabelereiro para que essas monstruosidades saíssem nos conformes. Eu e toda a minha família transpiramos muito e justamente na cabeça! No Centro Recreativo, com meu lindo namorado, Bi, folião por excelência e a seco, sem beber nada, como já contei na crônica anterior. A certa altura, pulando com o calor da noite, suando muito, molhando a camiseta e o coque, cabelo empapado de suor, que escorria rosto abaixo e o que é pior e mais verdadeiro: sentindo-me feia, (mais ainda!), disse ao namorado: _Vamos embora. _Por que, disse ele. _Porque sim. Quero ir embora! _Mas, por que se está tão bom e animado aqui! E eu, irredutível. Então ele me disse: _Tá bom, eu te levo, mas volto! E assim foi. Ele me levou até à Floriano Peixoto, 29 e voltou. Dançou até de madrugada. Se sozinho, não sei. Poderíamos parar tudo aí, mas eu, sem orgulho nenhum fui dias depois à sua farmácia na Prata, conversamos, voltamos, noivamos e nos casamos! Essa e uma outra, também por um mal-entendido, foram as únicas brigas que tivemos. Anos mais tarde, 4 filhos, uma escadinha de 2 em 2 anos de diferença, os mais velhos brigando por bobeiras, resolvemos acabar com essa situação. _Vamos fingir uma briga na hora do almoço para eles verem como é triste brigar. E começamos, motivos bobos a discutir à mesa. Eu dizia; ele desmentia e retrucava; eu de novo redarguia… e assim por diante. Olhando para a calmaria no rosto de todos, sem darem a mínima à nossa ‘briga’, dissemos: _Vocês viram como é triste ver alguém brigando? Como faz mal? O que vocês acham disso? E um, falando por todos, na maior calma, disse: _ Nós sabemos que estão fingindo! Vocês não brigam!
Um parente bem radical ao não aguentar mais as brigas dos filhos mais velhos, adolescentes, pegou uma vara e deu para cada um dizendo: _Agora batam! Se não baterem, bato eu em cada um de vocês para aprenderem como é ruim e deprimente uma briga… e mais ainda: entre irmãos dentro da família. Não sei se essa solução drástica resolveu o problema. Penso que sim, mas dando mais crédito ao bom ‘remédio’ chamado maturidade que mais cedo ao mais tarde chegará a todos nós. Chegará????????

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