Novo Ano novo

CLINEIDA JUNQUEIRA JACOMINI
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“De um certo ponto adiante não há mais retorno. Esse é o ponto que deve ser alcançado.” Franz Kafka.

Está logo aqui! Na esquina do tempo! 2023. E com tudo se renovando, nós também fazemos nossos votos e propósitos mil vem à tona de nossas reles vidinhas. Serão cumpridos? Ou compridos demais para nossa curta força de vontade! A cada ano não fazia promessas, nem boas intenções, mas sempre me propunha uma mudança só e em meu jeito de lidar com as pessoas. Por exemplo: Não chamar ninguém por apelido; nunca brincar com o defeito das pessoas; falar o que de bom penso delas… e assim por diante. Acabei de comprar um pano de copa onde se lê: “Ia fazer dieta, mas fiz brigadeiro!” Assim é a nossa vida. Tudo muda; muitas vezes para pior, com tantas perdas (queriam me pegar e ler ‘percas’, né? Rs rs); esse vírus danado que se enfraquece, mas não vai embora; indignação com tantas mazelas e erros, mormente na área política; incerteza na área econômica e nas demais com a mudança de governo; e tantas coisas mais: como brigas, fake news, mudanças climáticas, chuvas fortes, enchentes, alagamentos, até neve fora de época… Mas existem mudanças boas, para melhorar nossas vidas: detergente, controle remoto, carro automático, Iphone; tevê grandona; internet… Na área social, pelo menos na minha vida houve muitas mudanças: não consigo mais ir à casa de uma prima muito querida que se foi; as lembranças são doloridas e fortes demais! Até quando? Não sei, mas ainda está doendo muito essa e tantas outras faltas de pessoas amadas. Nós mudamos, apesar de dizerem que ‘pau que nasce torto, morre torto’; primeiro que pau não morre; segundo que pau torto não é feio; serve para uma boa decoração… E nós temos o livre arbítrio (nem tanto!) para mudar: hábitos, atitudes, modo de ver a vida etc. etc. Um simples exemplo? Quando temos nossos filhos pequenos damos mais valor à ordem e limpeza da casa que à felicidade espontânea das crianças. Temos que sair, trabalhar, nos cansar cuidando de filhos alheios e coisas dos outros… Já quando envelhecemos e vivemos junto aos nossos netos, temos outra visão; damos valor a outras atitudes (mais certas, com certeza!), que são qualidades como: saúde, perfeição, amor reciproco, alegria, felicidade deles, bons hábitos e valores eternos. O resto… é, realmente, resto! Quanto à frase estampada, sabiamente (ou nem tanto, para quem é diabético!) no pano, realmente temos novos olhares de idosos substituindo os de jovens que fomos: valorizamos mais as pequenas delícias do paladar, olfato, audição e tato que à silhueta impecavelmente esguia e modelada nos conformes com a moda vigente. Damos mais valor a ficar em casa, no conforto de nossos lares moldados por nós e com a nossa ‘cara’, que a viagens, saídas, passeios… que aliás nos cansam fácil, fácil! Também preferimos ver um grande sorriso de felicidade de um neto ao pegar um peixão que lutou e perdeu para ele, que comprar um perfume caro; ou outra coisa qualquer. Aliás, muitas pessoas pensam e sentem como eu, avós que somos e damos graças a Deus por gastar com um neto (a) em seus desejos e pedidos que comprar remédios para eles, interná-los mesmo que seja para um simples curativo, saudáveis e normais que são! Por que ‘vemos’ tudo isso e os pais continuam bravos, sem darem valor ao que realmente tem valor? Saúde, perfeição, inteligência, bondade, amizade, compaixão, amor, humildade, companheirismo, simplicidade, religião, amor a Deus e ao próximo; limpeza de corpo e de alma; alegria… Tudo isso não tem preço! Não é nenhuma black friday que oferte; nem mercado livre ou preso que venda; não é o correio que entrega… só Deus!

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