Viagens

CLINEIDA JUNQUEIRA JACOMINI
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“Hoje (como acontece em qualquer outro dia na realidade) é um daqueles dias em que o mundo se mistura com o dos sonhos. Somos tão pequenos e frágeis como uma estrela ao lado da lua. Ou melhor, como pequenos insetos que se perderam na imensidão”. Franz Kafka.

Tem gente que viaja de carro; outros de navio; muitos de avião e os doidos, na maionese!

Escrevo sobre isso hoje, pois nunca vi tanta gente conhecida indo para Portugal, a doce terrinha do fado e do vira. O euro está caro; o dólar nunca abaixa e o povo viajando adoidado! Estão fazendo o que Cabral fez com suas caravelas, ao contrário! Ele enfrentou o mar “nunca dantes navegado”, achando terras desconhecidas dos europeus e agora os brasileiros, retribuindo ou não, têm ido à terra de meus antepassados. Dizem que tudo por lá é lindo! Mormente depois dos 100 anos de Fátima, tudo está reformado e reluzente… e não é com o nosso ouro mineiro, não! Um amigo que foi para os países nórdicos me mandou várias fotos e eu lancei a ele um repto: achar algum saquinho de plástico naquelas plagas do primeiro mundo. Ele me assegurou que lá é tudo muito limpo! É claro que é! Uma das coisas que mais me revolta e entristece quando chego dos Estados Unidos é passar pelas marginais de São Paulo e ver tanta pichação e lixo pelas vias públicas. Uma amiga foi há muitos anos visitar Bonito no Brasil central. Perguntei a ela: Por que Bonito? _Porque é Bonito! Mas, depois de alguns anos de divulgação das belezas naturais do lugar e sua visitação pelos turistas, ela já se queixava que havia muita sujeira e lixo naqueles lugares. Será que as pessoas não têm bom senso? Não aprenderam a fazer o certo em casa? O sr. Juarez de Moura, um diretor de Itapira que ficou anos na escola da Estiva Gerbi me dizia:_“Temos que fazer na escola o que faríamos em nossa casa! Vendo uma coisa no chão, catando-a; sabendo uma torneira gotejando, fechando-a e assim por diante”. Ele me foi inesquecível em sua rígida disciplina e no seu cuidado com a coisa pública (antigamente res… pública, a coisa pública). Pois agora, em plena época de progressos, no século XXI, é justamente lá, na sede da República que mais se vê coisa errada!

De Brasília para a política e sua polarização radical e maléfica é um pulo, pelo menos numa crônica escrita por essa cronista sempre ‘risonha e franca’ como dizia o poeta sobre a escola de antigamente.

Como os ânimos estão acirrados e os nervos à flor da pele dos brasileiros! Coisadeloco! E o pouco que assisti de debates só pequenos trechos deles, os candidatos não expõem um plano de governo, ideias planejadas, trabalho racional em prol de nosso pobre país rico; ideais de vida e de valores! É sim uma ‘jogação’ de farpas (sou da roça!) sem utilidade nenhuma a não ser denegrir a imagem do oponente. Mas, isso, sinceramente, não vale na conquista de votos. Quem é um, não é outro e vice-versa. Acho que ninguém muda a ideia do eleitor; quem gosta de A, não gosta de B e assim por diante ad eternum!

Há os sugestionáveis? Talvez. Eu não sou! Sei o que quero e o que eu não quero.

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