Músicas

CLINEIDA JUNQUEIRA JACOMINI
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Fico sabendo que a linda melodia “Tá Ok” foi uma das músicas mais tocadas num dos carnavais e milhões de pessoas no país se encantaram com a letra, tá ok? Ouvi a música atentamente e pude perceber a ‘profundidade’ das palavras que demonstram inequivocamente que vivemos um momento diferenciado na cultura brasileira, tá ok? Em minha análise crítica diria que é uma reação psicossomática a uma traição dentro de um relacionamento dicotômico de amor e ódio resultando em um desabafo catártico, diria, um “vômito” emotivo… tá ok? Diz a “canção”:

“É hoje que ele paga todo o mal que ele te fez
É hoje que ele paga todo o mal que ele te fez.
Cabelo ok, marquinha ok, sobrancelha ok, a unha ‘tá ok
Brota no bailão pro desespero do seu ex
Brota no bailão pro desespero do seu ex…
Se ele te trombar, vai se arrepender
Uma bebê dessa, nunca mais ele vai ter
Uma-uma bebê dessa, nunca mais ele vai ter
Buh! Explodiu” Dizer o que: Explodiu mesmo né?
Tá ok? como o presidente Bolsonaro sempre diz…

E ontem ainda comentava sobre as músicas sertanejas que só enfocam traição. Acho que só existem 3 notas, pois a letra é simplesmente falha e a melodia está lá no lockdown da China. Que tristeza! Aí me pego comparando com as lindas melodias do passado. Roberto Carlos é um exemplo com música e letras simples, mas tocantes e eternas. Nem falo dos tangos, boleros e sambas do século passado. Mas, gostaria de citar a linda música Rosa, difícil de executar (tocar e cantar), porquanto vai do baixo ao agudo, com melodia cheia de voltas e letra apaixonada e sutil. Por falar em sutil, meu corretor do celular quando escrevi essa palavra colocou acento agudo no u. Pode? Quem fala sútil? Nem os chechenos da Europa ou árabes! Esse meio de se evitar erros está dando o que falar, tais os inconvenientes que providencia. Experimentem os navegantes das redes sociais (anti) escrever Clineida. Invariavelmente sairá clínica; posso até ser boa para escutar dores; acalmar ânimos; falar benesses para os amigos necessitados, mas não chego a ser uma clínica apesar de afeita aos livros de mistério hospitalar do dr, Robin Cook, meu autor preferido! E as series ditas brancas com injeções, choques e salas de operação. Mas vamos à Rosa de  Alfredo Da Rocha Vianna Filho, o nosso genial Pixinguinha!

Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
Do amor, por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor

Se Deus me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela
Teu coração, junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rósea cruz
Do arfante peito teu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza

Perdão se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor, meu peito não resiste
Oh meu Deus, o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia ao pé do altar
Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber
A unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer,

Já pensou uma moçoila escutar esses versos dos lábios do amado? É paixão recíproca acontecendo!

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