O despejo indevido de água ou esgoto no lago do Parque dos Jequitibás tem gerado a indignação dos moradores locais. De acordo com a vizinhança, o problema vem ocorrendo há tempos e até o momento encontra-se sem solução.
Em contato com o jornal O MUNICIPIO, uma leitora que pediu o anonimato relatou que o despejo tem ocorrido no lago criado em frente ao campus do UniFEOB e tem gerado um forte odor. “O cheiro é terrível, tem dias que piora”, comentou.
Conforme relatado, a vizinhança já fez várias reclamações junto à Ouvidoria Municipal da Prefeitura. Além disso, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) também já foram comunicadas. “A Sabesp tentou solucionar o problema, mas ele volta recorrentemente”, relatou a leitora.
“Começou um trabalho de fazer um novo lago e depois parou. Não sei se isso vai continuar. Tinha um mau cheiro forte, porém, com as chuvas, isso diminuiu um pouco”, disse um morador. “Me parece que o problema é algum tipo de esgoto aberto. É um caso complexo. Embora o local esteja ficando muito bonito, essas coisas acabam comprometendo o lazer”, destacou.
PROBLEMA SE AGRAVANDO
Segundo o relato dos moradores, as redes de esgoto têm seus terminais dentro do bosque e também na área dos fundos do bairro – que constantemente entope e vaza. De acordo com eles, os detritos destas são lançados na água que desce do bosque e nos lagos. Isso estaria se acumulando no local e formando um verdadeiro brejo de esgoto no fundo das residências próximas.
Outro problema relatado pela vizinhança é em relação à tubulação de água pluvial ou de mina que fica no fundo dessa área, também perto do bosque. Conforme relatam, ao invés de escoar somente água, a tubulação tem recebido esgoto de alguma casa ou edícula. Com isso, os detritos acabam indo para água que desce do bosque, contaminando a área e os lagos também.
OUVIDORIA MUNICIPAL
Em meio às queixas, a Prefeitura de São João informou que vários moradores entraram em contato com a Ouvidoria Municipal e solicitaram providências imediatas. Como os serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto são de responsabilidade da concessionária Sabesp, o órgão municipal encaminhou as reivindicações dos moradores à empresa, para que sejam tomadas as providências.
POLUIÇÃO DIFUSA
Por sua vez, a Sabesp destacou que já realizou a coleta da água para a análise. Segundo a companhia, o local sofre com a chamada poluição difusa, ou seja, aquela que é difícil de controlar a origem, estando relacionada com as alterações que o homem provoca no meio ambiente e o fenômeno das primeiras chuvas.
A poluição difusa é formada em área urbana ou rural a partir de diversos geradores de resíduos sólidos e de sedimentos. Nas cidades, este problema pode se originar das casas, de construções, de animais, do escoamento das águas pluviais, entre outros.
FORÇA-TAREFA
Diante deste problema, na segunda-feira (3), às 14h, equipes da Sabesp, Cetesb e prefeitura vão realizar visita técnica no local para analisar a situação e buscar uma solução em conjunto. “O intuito é fazer uma força-tarefa visando encontrar meios para combater os efeitos da poluição difusa que vem ocorrendo no local”, informou a companhia.
