Há muito tempo atrás, mas precisamente em 27 de maio de 1977, estreava nos cinemas um longa que misturava clássicos japoneses, filosofias orientais e uma pitada de Flash Gordon, o seu nome era Star Wars. O projeto idealizado por um jovem George Lucas e estrelado por Mark Hamill (Luke Skywalker), Harrison Ford (Han Solo) e Carrie Fisher (princesa Leia) se tornará uma das melhores sagas da história do cinema, além de um fenômeno da cultura pop. Mesmo que você nunca assistiu 5 minutos de nenhum filme, com certeza já ouviu a frase: “Que a Força esteja com você”.
Lucas fez seis filmes (chamando de episódios) com a trilogia clássica lançada entre 1977 e 1983, depois a trilogia prequela entre 1999 e 2005. A marca ampliou para outras mídias como em livros, jogos de vídeo games e até mesmo TV, com as animações The Clones Wars e Rebels.
Mas em 2012, George Lucas decide vender a LucasFilm para a toda poderosa Disney e a casa do Mickey além de aumentar o seu portfólio, expande ainda mais a marca Star Wars com parques temáticos, produtos ao consumidor e mais cinco filmes entre 2015 a 2019.
Os longas da nova trilogia sequela não conversaram entre si, apesar do bom Despertar da Força e do ótimo Os Últimos Jedi, foi com a Ascensão Skywalker que o sinal de alerta acendeu. A marca expandiu, mas a narrativa que segue o cânone nos cinemas, não. O público ama tudo que os Skywalker representam, mas Star Wars é mais que isso.
Eis que surge um nome no meio disso tudo: Jon Favreou. Diretor conhecido por ter iniciado o Universo Cinematográfico Marvel com os dois primeiros filmes do Homem de Ferro.
Favreou tinha uma ideia e a apresentou a Dave Filoni, criador e diretor das elogiadas animações The Clone Wars e Rebels. A ideia seria a primeira série em live-action de Star Wars: The Mandalorian. A premissa conta a história de um caçador de recompensa Mandaloriano que busca formas de melhorar sua armadura e uma de suas missões é capturar A criança. Paro por aqui. Se não assistiu, por favor, faça um bem para você e assista.
Os executivos sabem que Star Wars sempre foi uma mina de ouro, mas pensar primeiramente no dinheiro e não no que “a galáxia muito, muito distante…” representa é um erro absurdo! Outras séries live-action já foram confirmadas no Disney+ e mais filmes para o cinema estão com conversas avançadas. Fazer algo “de fã para fã” é o que esquenta o coração.
Nesse mês de setembro estreou no catálogo do streaming “Star Wars Visions”, uma coleção de nove curtas-metragens em estilo anime, por sete estúdios japoneses diferentes. Com duração entre 13 a 20 minutos, os episódios trazem visões diferentes do universo idealizado por George Lucas lá em 1977, mas sem perder a essência da saga. O resultado é de encantar e brilhar os olhos! Podemos dizer que foi uma grata retribuição! Pois foi se inspirando nos clássicos nipônicos que um jovem George Lucas nos presenteou com “A Força” de Star Wars.
Roberto Chaves é cinéfilo e criador de conteúdo, com canal no Youtube e Instagram.