Feira Juntô encerra as atividades após cinco anos na Praça da Catedral

Por Clovis Vieira
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O sábado (14) marcou a derradeira edição da Feira Juntô, depois de cinco anos e meio reunindo comerciantes de diversas áreas e atraindo um grande público no centro de São João da Boa Vista. A razão principal para essa decisão, de acordo com César Araújo, 32, idealizador do evento, é o “encerramento de um ciclo perfeito”. O empresário afirmou que sua intenção era fazer a Juntô crescer enquanto local de entretenimento, reunindo  pessoas em busca de lazer e momentos de tranquilidade. Arte, artesanato, gastronomia, literatura, música e várias outras atrações marcaram a feira ao longo desses anos.

Despedida: César Araújo, idealizador da Feira, em frente ao símbolo da Juntô na praça (Clovis Vieira/O MUNICIPIO)

Araújo admite que, em certo momento houve muita tribulação e divergências com a municipalidade e com o comércio sanjoanense. “Eu dei a cara a tapa. Incomodamos muita gente grande, embora tenha agradado muita gente também, que foi beneficiada pelo evento. Mas como tudo na vida, a Juntô também tem um final”, disse. O empresário afirmou que até poderia dar continuidade a esse trabalho, mas anteviu uma possível decadência da atividade e que, se continuasse o evento perderia a essência. “Não poderia ser mais a minha Juntô. Se transformando numa coisa que eu não gostaria”.

300 MARCAS

Empresário na área de cosméticos artesanais, Araújo relatou que este foi o momento certo para a decisão, pois se sente feliz e realizado com esse empreendimento e já tem novos planos para o seu futuro imediato. “Eu quero encerrar esse ciclo de uma forma legal, que fique na memória das pessoas como algo que foi bonito e completo”.

Seu objetivo agora é dedicar-se à própria marca de produtos, avaliando que a Juntô tenha beneficiado muitos artistas e comerciantes, em detrimento de seus cosméticos enquanto administrava a feira.

Em 42 edições, esse encontro festivo entre público, artistas, artesãos e comerciantes abriu espaço para 52 quiosques diversos, atraindo cerca de 4.000 visitantes. “São pessoas que, além de São João, vinham de toda a região e até de São Paulo (SP), quando estavam em visita às famílias no dia em que tinha a Juntô”, contou. Ele avalia que a feira reuniu mais de 300 marcas que foram expostas nesses anos, muitas delas agora com presença consolidada no mercado. “São muitas famílias ligadas a esses comércios, que foram beneficiadas pela Juntô”, observou.

ÚLTIMA

Questionado se sua realização serviria de inspiração a outros empreendedores, Araújo admite que sim. “É possível que outras pessoas queiram criar a sua própria feira nos moldes dessa nossa, aqui na praça. Eu espero que o resultado seja bom, porque daí todos ganham”. Ele ainda revelou que foram muitas as pessoas que tentaram dissuadi-lo de encerrar a Juntô, até acreditando que o encerramento se referia última edição do ano de 2024. “Fui procurado por muita gente nesses dias, antes dessa última edição”.

O idealizador conta que a ideia inicial previa 10 anos de Juntô, porém, essa meta caiu para cinco anos e poderia tê-la encerrado em julho, no quinto aniversário. “Mas eu preferi estendê-la até o Natal e vejo que não haverá uma próxima Feira Juntô”.

Finalizando, ele afirma estranhar que aqueles que foram contrários à realização do empreendimento, criando situações divergentes, o tenham visto como algo negativo, mesmo ele beneficiando tantas pessoas, revelando talentos e fortalecendo tantas marcas no mercado local e regional.

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1 COMENTÁRIO

  1. Amém que acaba a bagunça no centro da cidade. Essa feira deveria desde o inicio ser feita no largo da estação. Se alguém for ter a brilhante ideia de reviver a feira, que o faça no largo da estação.

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