Por Marcelo Gregório
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A baixa procura pela vacina bivalente, dose que aumenta a defesa do organismo contra o vírus causador da Covid-19, tem gerado alerta em São João da Boa Vista, devido ao avanço no número de casos da doença no Brasil. A alta pode estar associada à variante Éris, caracterizada de menor gravidade e risco de morte, porém mais transmissível. Ainda que a maior parte da população brasileira tenha tomado as doses básicas da vacina, o reforço teve pouca adesão no País: 15% do público-alvo.
COBERTURA VACINAL EM SÃO JOÃO
Sobre o número reduzido de interessados no reforço da bivalente, em São João, o Departamento Municipal de Saúde garantiu que desde fevereiro deste ano todas as 14 unidades da Prefeitura distribuídas pela cidade estão abastecidas com o imunizante Pfizer. A pasta responsável divulgou que 5.525 ignoraram a segunda dose e outros 252 residentes no município não compareceram para a aplicação da terceira. A cobertura vacinal está em torno de 19,5% no município.
ÉRIS
Autoridades de saúde divulgaram que a Éris está presente em mais de 50 países. Em solo brasileiro, a subvariante da Ômicron foi identificada em 17 de agosto nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. “Mas, temos apenas dois casos notificados, em nosso Estado, até o momento. Outras variantes da Ômicron, como XBB 1.5 (60,4%) e FE 1 (36,5%), ainda são maioria nos exames o Brasil. As vacinas continuam evitando casos graves e mortes”, afirmou a médica sanitarista Marta Lopes Salomão.
CASOS EM 2023
Em São João, de janeiro a agosto, foram registrados 2.681 casos, com 4 mortes — três idosos e uma pessoa com menos de 50 anos de idade —, segundo informou o Departamento de Saúde. No mês passado, a pasta informou que 36 pessoas contraíram Covid-19, enquanto que em julho houve seis (6) diagnósticos positivos. Desde o início da pandemia, a cidade contabilizou 31.486 casos e 389 morreram em decorrência de complicações provocadas pela doença.
AINDA NÃO ACABOU
A médica sanitarista sanjoanense alertou que pessoas imunossuprimidas, com baixa imunidade, devido a doenças ou transplante, devem redobrar os cuidados. “O uso de máscaras continua recomendado, mas não obrigatório, em aeroportos e aviões. Também é recomendado em locais fechados a idosos e pessoas com comorbidades. Para quem apresentar sintomas gripais continua recomendado o exame em laboratório, a partir do 3º dia. Cabe lembrar que a Covid não acabou. Continuam ocorrendo casos e mortes no Brasil e no mundo”, alertou Salomão.
VACINA RESOLVE
O crescimento de casos de Covid deve durar entre quatro a seis semanas, conforme prevê a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). De acordo com a especialista sanjoanense, no atual momento, a aplicação de todas as doses possíveis da vacina contra a Covid é a melhor medida para evitar riscos. “Se você não tomou o reforço da vacina bivalente, procure a Unidade de Saúde mais próxima de sua casa, assim evitará casos graves ou mortes por Covid pelas diversas variantes da Ômicron”, orientou a médica.
Pfizer? Passo, obrigado!