Os vereadores José Eduardo dos Reis (PSB) e Rui Nova Onda (PTB) alertaram para a possível necessidade da contratação de, pelo menos, mais um médico para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Os edis enviaram pedidos, na sessão da Câmara Municipal de segunda-feira (29), para que a Prefeitura de São João contrate mais um profissional.
O intuito dos vereadores, de acordo com os documentos enviados para a administração municipal, é diminuir a demora no atendimento na UPA. As solicitações dos edis agora passarão por análises da prefeitura.
MAIS MÉDICOS
No requerimento enviado por Rui Nova Onda, o vereador pede dois novos médicos com especialidades para a UPA sanjoanense.
Os médicos, de acordo com o documento, devem ser contratados para atenderem na UPA nos horários em que as unidades de saúde dos bairros se encontram fechadas.
Já José Eduardo, que também é o diretor técnico da UPA, solicitou em seu requerimento a contratação de mais um médico clínico para a Unidade. Ele também pediu a colocação de mais uma ambulância para transporte de pacientes.

DEPARTAMENTO DE SAÚDE
Os pedidos feitos pelos vereadores serão agora analisados pela administração municipal. No entanto, em entrevista concedida ao programa ‘Em Dia com a Prefeitura’, no último sábado (27), o diretor de Saúde, Lúcio Doval, falou sobre a UPA.
Ele destacou que a Unidade vem sofrendo uma sobrecarga devido a casos que deveriam ser atendidos nas unidades de saúde dos bairros. Isso porque, conforme ele apontou, a Unidade de Pronto Atendimento deve priorizar casos de urgência e emergência.
Doval salientou que as 13 unidades de saúde da prefeitura, instaladas nos bairros, estão capacitadas para efetuar os atendimentos que não necessitam de urgência e emergência. “A maior parte das unidades atende hoje com hora marcada, não havendo necessidade de fazer filas para garantir atendimento”, comentou.
Ele ainda completou que grande parte da população procura a UPA para casos de dores de cabeça, dores nas costas, dores no joelho, entre outros. Pequenas dores, pedidos de exames, check-ups e procedimentos corriqueiros, segundo Doval, devem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde dos bairros.
“O mau uso da UPA causa transtorno para outras pessoas que também precisam. É claro que iremos realizar o atendimento de todos os pacientes que nos procurarem, mas muitos desses atendimentos poderiam ser feitos diretamente nas unidades de saúde dos bairros, o que facilitaria para o próprio usuário”, concluiu.
De acordo com dados da prefeitura, aproximadamente 350 pessoas são atendidas diariamente na Unidade de Pronto Atendimento. Para determinar qual paciente deve receber prioridade, a UPA utiliza, desde 2017, o sistema de classificação de risco por cores.
Por Franco Junior.