Por Bruno Manson
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As ações da Polícia Militar Ambiental e do Corpo de Bombeiros para prevenir e combater os incêndios durante o período de estiagem estão sendo intensificadas, seguindo o cronograma da Operação SP Sem Fogo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), até outubro, as atividades de serão reforçadas pelas duas corporações. Um planejamento estratégico foi desenvolvido com foco em áreas verdes e florestas, comunidades rurais e no entorno de zonas urbanizadas.

Desde o começo do semestre, o Corpo de Bombeiros deu início ao treinamento de agentes envolvidos nas ações de combate a incêndios, visando ao reforço da capacidade de resposta às emergências. Até o momento, 1,9 mil colaboradores já passaram pela capacitação, enquanto outros 900 estão em treinamento e serão integrados ao Sistema Estadual de Atendimento a Emergências (Seae) para apoiar a corporação nas ocorrências. “Visando melhorar a capacidade de resposta às emergências, foram treinados todos esses agentes para que também auxiliem no combate ao fogo”, destacou o capitão Allan Okuma.
Ainda como parte da preparação, agentes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) foram capacitados para identificar focos de incêndio nas rodovias, evitando que o fogo se alastre para o interior. “Se o fogo não for contido rapidamente, ele se propaga. Na fase vermelha, temos ocorrências tanto no campo quanto nas comunidades, exigindo uma pronta resposta junto às equipes especializadas. Dessa forma, a parceria fortalece tanto o combate quanto a recuperação das comunidades atingidas pelo fogo”, disse o capitão.
A parceria também conta com o uso de aeronaves de asa fixa, que ajudam no combate às chamas de forma rápida e eficaz, principalmente nas áreas de difícil acesso, pois possuem grande capacidade para carregar água, usada para apagar o fogo a longas distâncias.
FISCALIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Polícia Militar Ambiental também se organizou entre janeiro e maio. Uma das estratégias é a educação da população, principalmente nas comunidades agrícolas e nas escolas, mostrando a importância da preservação ambiental e do uso sustentável de recursos.
Com o período de estiagem, o policiamento terrestre, a fiscalização e a educação ambiental são reforçados como estratégias de prevenção de infrações e riscos ao meio ambiente. “Buscamos também restaurar e conservar os biomas da Mata Atlântica e do Cerrado, que estão incluídos no nosso planejamento estratégico”, afirmou o capitão José Augusto Bravo, do 5º Batalhão de Polícia Ambiental. “Além de otimizar a fiscalização e o monitoramento, contamos com a parceria da população. Uma comunidade esclarecida torna-se uma aliada na preservação”, completou.
De acordo com a SSP, a operação fortalece o papel da Polícia Militar Ambiental como força pública de referência na proteção de recursos, na segurança do campo e na resiliência climática, em consonância com os compromissos estaduais e internacionais de sustentabilidade. As equipes estão distribuídas em todo o estado para fiscalizar, prevenir e atender 100% dos focos de queimadas e incêndios florestais durante o período de estiagem, que se estende até outubro, visando também impedir a soltura de balões, uma das principais causas de alastramento do fogo.
A missão da Polícia Militar Ambiental segue em identificar e analisar, por meio de monitoramento, focos de queimadas e incêndios florestais, compartilhando essas informações para que as equipes de fiscalização ajam rapidamente. Durante o período prolongado de seca, os agentes mapeiam, fiscalizam e patrulham as áreas propícias a incêndios, principalmente nas Operações Huracan e Semana do Meio Ambiente.