Por Ana Paula Fortes
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O governo federal anunciou que não irá retomar o horário de verão neste ano, mas que a medida poderá ser adotada a partir de 2025. A decisão foi comunicada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmando que a avaliação levou em conta custos da medida, além de benefícios e impactos em outros setores. De acordo com ele, a desistência de adoção foi motivada pela constatação de que há segurança energética para o verão deste ano.
A determinação ocorreu mesmo após a entrega do relatório pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em setembro, recomendando a mudança temporária no fuso horário como medida de economia financeira. A economia em 2024 poderia chegar a R$ 400 milhões segundo a avaliação.
Suspensão
O horário de verão está suspenso desde 2019, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL), por decreto, extinguiu a prática. A decisão foi fundamentada em estudos que mostraram que a economia de energia resultante da mudança já não era significativa, além de destacar o desconforto relatado por parte da população em relação à adaptação ao novo horário.
A favor ou contra?
O jornal O MUNICÍPIO foi às ruas saber se os sanjoanenses são contra ou a favor à mudança. O contador, José Renato Cassiano, é contra, e ficou muito feliz com a decisão do governo. “Acho horrível acordar estando escuro. É péssimo sair do trabalho com sol, pois passa a impressão que o dia fica longo demais gerando mais cansaço. Acredito também que a mudança não gera economia nenhuma, pois se utiliza mais ares-condicionados e ventiladores”.
A vendedora Camila da Cunha Ferreira, preferia que o horário fosse retomado. “Gosto muito do horário de verão porque consigo aproveitar mais o dia, além de me deixar com mais disposição para meus afazeres”.
Já Ana Luiza D’Agostino é contra a mudança. “Eu sou contra devido ao impacto negativo na saúde física e psíquica das pessoas. Além disso, não há uma economia de energia que seja significativa, afinal, ocorre um excesso do uso de aparelhos de ar-condicionado durante a tarde e início da noite, principalmente, nas regiões com dias de clima quente”, afirmou.
Horário de Verão
A implementação do horário de verão em todo o País ocorreu em 1931, por meio de decreto, no governo de Getúlio Vargas. Nos anos seguintes a prática sucedeu de forma esporádica, até 1985 quando o horário passou a ser adotado anualmente, devido a uma seca histórica, que resultou em blecautes e racionamento de água.
Em 2008, um decreto tornou o horário de verão permanente. Os relógios eram adiantados em uma hora a partir da meia-noite do primeiro domingo de novembro até a meia-noite do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
O Horário de Verão era instituído no Distrito Federal e nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, uma vez que os dias de verão são mais longos nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do que no Norte e Nordeste.
Horário de verão não funciona para países que estão sentados em cima da linha dos trópicos até o equador. A diferença entre o comprimento do dia x noite não é tão significativa como que está sentado quase no pólos como estados unidos, Canadá e Europa. Outra coisa, o perfil de consumo elétrico mudou muito em 20 anos. Lâmpada foram trocadas por modelos de menor consumo, eletrodomésticos tornaram-se mais eficientes, muita gente passou a usar aquecimento solar para água. Por outro lado “puxar” o por do sol pra mais tarde força o uso maior de ar condicionado em empresas para conter a demanda do calor. Falta estudo ao bando de petralhas que está lá no ministério de Minas e Energia, que atualmente os contras do horário de versão são muito maiores e avassaladores do que a pífia economia de energia.