Por Clovis Vieira
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“Professor é profissão. Educador é missão”. Conhecida por dez entre dez professores, a frase de Salomão Becker (1922-2006), sintetiza muito bem a trajetória dos professores, que comemoram esse dia tão especial na terça-feira (15).
Becker é dono da frase e o responsável pela inclusão do Dia dos Professores no calendário escolar, em 1947.
Para homenagear esse profissional, que é responsável por formar todos os demais profissionais, o jornal O MUNICIPIO perguntou para os leitores quem foi o professor que marcou sua vida.
Confira os relatos e veja quais foram os mestres que influenciaram gerações e marcaram a vida dos entrevistados!
OS NOSSOS PROFESSORES
. MIRIAM PIPANO – “A professora que marcou minha vida para sempre foi Miriam Pipano, minha professora de piano, desde quando iniciei meus estudos aos 5 anos, até o encerramento do Conservatório Guiomar Novaes, quando eu tinha 9 anos. Miriam foi uma pessoa determinante na minha escolha profissional e conseguiu fazer toda a diferença em apenas 4 anos de aprendizado e convivência musical”. Vânia Noronha
. VERA RITA ALBERGHETTE DOS SANTOS – “Professora Vera foi uma das primeiras que me apresentou ao mundo das curiosidades e belezas que a matéria da biologia oferece. Sendo entusiasta desta disciplina, ela fez com que me apaixonasse por esse mundo e seguisse carreira, me tornando bióloga. Obrigada dona Vera, por me apresentar essa matéria maravilhosa e fizesse eu me tornar uma profissional apaixonada pelo que faz”.
Thaís Arrigucci Bernardes
. CÉLIA BERTOLDO – “Célia foi a primeira professora que tive, primeira professora porque até então eu tinha as ‘tias’. Célia dizia que tias eram as irmãs dos nossos pais e que ela era a professora Célia. Com a Célia eu aprendi português, música, cultura e tantas coisas que é impossível esquecer essa professora de vida! Obrigada Célia, por tanto aprendizado!” Cecília Noronha Carioca
. MAURÍCIO MATTHIESEN – “Tenho muita sorte de ter em minha vida vários exemplos de professores que me inspiraram e me motivaram a seguir na minha carreira como Eng. Agrônomo e como professor também. Um destes inesquecíveis profissionais foi o professor Maurício Matthiesen que, com sua paixão pela biologia, me motivou e inspirou, com muito humor e propriedade, a seguir na área das ciências biológicas, mais precisamente na Agronomia”. Eduardo Breno Ribeiro dos Santos
. OLINDA VALIM RODRIGUES – “Foi a professora Olinda, no Grupo Escolar Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade. Ela me presenteava todo aniversário com algum livro e o que mais me marcou foi ‘O Homem das Mil Invenções’, que contava a vida de Thomás Edison, que despertou meu gosto pela ciência e pela profissão de Químico”. Jaime Splettstoser
. VERA GOMES – “Foi Dona Vera que, com sua paixão e dedicação, me mostrou o poder transformador da educação. Sua influência me guiou a seguir a pedagogia, sempre buscando tocar vidas como ela tocou a minha. A ela sou muito grata!” Marly Camargo
. JUAREZ GARZON REHDER – “O professor que mais marcou minha vida foi o Juarez, do Colégio Objetivo, que me dava aula de Física. Ele foi a base do desenvolvimento da minha carreira profissional”. Carlos Augusto de Oliveira Neves Neto
. LUIZA MASCARO PARREIRA – “Na fase de alfabetização, é impossível não me lembrar da professora Luiza. E, depois, da insuperável professora Eny Carvalho Noronha, nas vibrantes aulas de gramática. Convivo com as duas até hoje”. Hélio Correa da Fonseca Filho
. LISALDA BORGES – “Lá pelos anos 1975, ela foi minha primeira professora a sair da classe de aula, para levar os alunos no Museu Histórico e Pedagógico Dr. Armando de Salles Oliveira. Postura ‘estranhíssima’ para a época. Foi minha descoberta do patrimônio Sanjoanense, toda santa tarde estava lá. E a Lisa, recolhia peças antigas da cidade para revenda em São Paulo, onde foi uma das pioneiras da Feira de Antiguidades do MASP”. Antônio Carlos Lorette
. MADRE MARIA DO CARMO – “Minha homenagem seria para as freiras do Colégio Santo André, que por várias gerações contribuíram para a formação moral, ética, religiosa e de saberes. Meu tributo e agradecimento a elas. Cito, também, Madre Maria Ignes, Madre Maria Cecília, Madre Maria Conceição, Madre Maria Rafaela, e Madre Marta Maria, que era a Diretora”. Maria Célia Marcondes
. SÔNIA BISSOLI – “Professora Sônia me ensinou história no Instituto de Educação. Me marcou, porque no primeiro dia de aula, ela me olhou e disse: ‘Nossa de que região da África será a sua família, você não tem o padrão dos negros que moram aqui’ Sou alta e esquia e isso me despertou a curiosidade de conhecer mais sobre a minha história e a da comunidade negra.” Dy Lourdes Oliveira Juvêncio.
. NÍVEA MELCHIORI FRANCISCO – “A professora que mais marcou minha vida foi a Dona Nivea, que me deu aula no primeiro ano de Grupo Escolar ‘Joaquim José’, foi ela que me ensinou a ler e escrever as primeiras palavras, além de minha mãe, Dna Lourdes Pradella, que também me deu aula no ‘Joaquim José’. Mas penso que seria uma ‘injustiça’ nomear apenas um professor de quem tenho boas lembranças, pois todos, cada um em seu momento, me deixaram valiosas recomendações, ensinamentos e memórias.” Luís Antônio Pradella
. MARILÍDIA ACCETURI DE OLIVEIRA – “Além de grande professora, amiga de toda a vida. Mestra que sempre estimulou, incentivou e comemorou cada momento de nossa trajetória. Nunca deixou de transparecer sua alegria ao saber de cada pequeno sucesso de todos seus alunos e ex-alunos. Faz muita falta”. Rodrigo Falconi
. GUIOMAR NOVAES – “Os professores que mais me marcaram foram a Dna. Ditinha Camargo, ilustre sanjoanense que com muito carinho me ensinou as primeiras notas ao piano. E a Guiomar Novaes, outra ilustre sanjoanense que me desvendou os segredos da técnica pianística em seu mais alto grau de aperfeiçoamento!” Claudio Richerme
SER PROFESSOR
Ser professor é ser semeador de sonhos,
um artesão de esperanças,
que com mãos firmes e gestos suaves,
molda o futuro a cada palavra.
É ser guia em trilhas ainda inexploradas,
acendendo estrelas em céus de incertezas,
tornando o saber um farol
que brilha mesmo nas noites mais escuras.
O professor é o eco que ressoa
nos corações que buscam, que duvidam,
que se entregam ao mistério da descoberta.
É o fogo que, silencioso, aquece,
mas também desafia, provoca,
enquanto observa as chamas de curiosidade crescerem.
Ser professor é, muitas vezes, ser invisível,
como uma semente no solo,
que germina longe dos olhos,
mas cujos frutos virão, um dia,
em forma de vidas transformadas,
gestos novos, e sonhos que não cabem em palavras.
Warlen Fernandes Soares é pedagoga é especialista em Psicopedagogia (PUC-Campinas) e em Educação Especial (Unisal), mestre em Educação (PUC-Campinas) e professora na rede municipal de ensino de Campinas.