Por Ana Paula Fortes
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Com sintomas muito parecidos com o de um resfriado, a coqueluche, mais conhecida como tosse comprida, vem registrando um aumento significativo no Brasil e no mundo em 2024.
A maior incidência da doença está entre crianças de até 9 anos de idade. O último pico epidêmico de coqueluche no Brasil, foi em 2014. Em 2024, os números voltam a subir. A Secretaria de Saúde de São Paulo notificou 139 casos de coqueluche de janeiro até o início de junho – um aumento de 768,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 16 registros da doença no Estado.

A doença
A coqueluche, conhecida popularmente como tosse comprida, é uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella Pertussis e é transmitida por meio de secreções da pessoa infectada.
Embora apresente sintomas aparentemente parecidos com o da gripe elas são causadas por agentes diferentes. O que dificulta a diferenciação são os sintomas iniciais muito semelhantes, como: coriza, febre e tosse moderada. Porém, a coqueluche provoca uma tosse progressiva, persistente e potencialmente grave, que pode durar várias semanas ou meses.
Apesar dos avanços médicos e da disponibilidade de vacinas, a infecção respiratória continua a ser uma preocupação significativa, especialmente para bebês e crianças pequenas.
Tratamento
A vacinação é a principal medida preventiva contra a coqueluche. O tratamento da doença inclui a administração de antibióticos para combater a bactéria e reduzir a duração da infecção. Além disso, recomenda-se manter uma boa hidratação, repouso adequado e, em alguns casos, o uso de umidificadores para aliviar a tosse. É de extrema importância que os pacientes sigam as orientações médicas e realizem consultas de acompanhamento para monitorar a evolução da doença.
Prevenção
Por ser altamente contagiosa, a vacinação da coqueluche é uma ferramenta de prevenção muito importante, principalmente entre bebês e seus responsáveis. Disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e na rede privada, a vacina deve ser aplicada em crianças menores de 5 anos, aos 2, 4 e 6 meses, com reforço da tríplice bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Gestantes com mais de 20 semanas de gestação e pessoas que convivem com criança menores de 2 anos, também devem ser vacinadas.
Devido a hesitação e queda na taxa de vacinação infantil nos últimos anos, doenças como a coqueluche têm apresentado um aumento no número de casos que colocam em risco a saúde e o bem-estar, especialmente, de crianças e adolescentes.