Por Ana Paula Fortes
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No sábado (13) foi comemorado o Dia do Hino Nacional, um dos quatro símbolos nacionais da República Federativa do Brasil, juntamente com Bandeira Nacional, Armas Nacionais e Selo Nacional. De uma melodia cativante, o Hino emociona grande parte dos brasileiros. Porém, sem o incentivo das escolas, como acontecia em tempos anteriores, são poucos os que realmente compreendem o significado de sua letra.
A história
A história da criação do Hino se inicia muito antes da Proclamação da Independência, quando já era tocado pelas orquestras militares, conhecido como Marcha Triunfal. Após a sua execução, no dia 13 de abril de 1831, quando Dom Pedro I embarcava para Portugal, após a sua abdicação, passou a ser conhecido como Hino ao Sete de Abril, data da renúncia.
Devido ao seu sucesso, a partir de 1837, sendo tocado em todas as solenidades oficiais, a melodia de maestro Francisco Manuel da Silva, torna-se um Hino Nacional sem letra.
Logo após a Proclamação da República, Marechal Deodoro da Fonseca, com o intuito de enterrar a herança do Império, lança um concurso para o novo Hino Nacional, desprezando a melodia do maestro Francisco, que falecera em 1865.
A música escolhida foi a do compositor Leopoldo Miguez e a letra do poeta e acadêmico, Medeiros de Albuquerque. O que foi extremamente criticado pela imprensa e população. Cedendo à pressão, Deodoro retrocede da decisão, comunicando que a nova obra musical passaria a ser o Hino da Proclamação da República. Novo concurso, dessa vez para a letra, foi realizado, tendo sido vencedora a do poeta Osório Duque Estrada.
Durante o centenário da Proclamação da Independência, em 1922, finalmente a letra escrita pelo poeta e jornalista Joaquim Osório Duque Estrada tornou-se oficial. A orquestração do hino é de Antônio Assis Republicano e sua instrumentação para banda é do tenente Antônio Pinto Júnior. A adaptação vocal foi feita por Alberto Nepomuceno e é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino.
Curiosidade
Apesar de pouco conhecida, a parte instrumental da introdução do Hino Nacional Brasileiro já possuiu uma letra, que foi excluída da versão oficial. Essa letra é atribuída a Américo de Moura, natural de Pindamonhangaba, presidente da província do Rio de Janeiro nos anos de 1879 e 1880. E trazia o seguintes versos:
Espera o Brasil que todos cumprais com o vosso dever
Eia! avante, brasileiros! Sempre avante
Gravai com buril nos pátrios anais o vosso poder
Eia! avante, brasileiros! Sempre avante
Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz
Cumpri o dever
na guerra e na paz
À sombra da lei,
à brisa gentil
O lábaro erguei
do belo Brasil
Eia sus!, oh sus!
A palavra “sus” é uma interjeição que vem do latim sus: “de baixo para cima”; que chama à motivação: erga-se!, ânimo!, coragem! Neste contexto é sinônimo de “em frente, avante”.
