Por Clovis Vieira
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Vera Lúcia Machado Vicente, 76, presidente do Sindicato Rural Patronal, afirma que a entidade que administra está pronta para atender o turismo rural da cidade e da região. “Nós estamos num momento de captação de novos associados e aqueles diretamente ligados ao turismo rural em São João e Águas da Prata são muito bem-vindos”, afirmou. O ponto forte nessa empreitada são os cursos oferecidos ao associado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Essa entidade, vinculada à Confederação Nacional de Agricultura, tem como objetivo organizar, administrar e executar a formação profissional rural e a promoção social de jovens e adultos que exerçam atividades no meio rural. “O Sindicato oferece cursos dirigidos especificamente ao turismo rural”, disse Márcia Ribeiro, coordenadora de cursos do Senar. Ela confirma que a instituição tem condições de auxiliar produtores rurais que desejam agregar mais valor à sua propriedade, através do turismo rural.
“Nós oferecemos um programa de turismo rural dividido em vários módulos que contemplam restaurantes, cachoeiras, cafés, orquídeas e outras flores; há um leque bem completo de informações para atender essas atividades”, completou a coordenadora de cursos. Márcia constata que os proprietários rurais têm demonstrado interesse real em desenvolver o turismo em suas propriedades. “Talvez a dificuldade desses empresários resida em como implantar um programa assim, como financiar o seu projeto e o medo de trocar uma atividade por outra”.
DIVERSIDADE
O turismo sanjoanense conta com itens como: museus, praças, igrejas, teatros, cinema, além de eventos culturais, gastronômicos, artísticos e esportivos durante todo o ano; e arquitetura antiga que, aos poucos, vai desparecendo perante a urgência imobiliária de algumas empresas. Nesta lista pode ser incluída uma visita ao cemitério local, visto como verdadeiro museu a céu aberto, graças às obras de Fernando Furlanetto e outros escultores.
Por sua vez, o turismo rural dispõe de algumas fazendas de café, leite e queijo, exposição agropecuária, restaurantes temáticos na Serra da Paulista e grupos que empreendem excursões rurais de aventura, estas integradas à estância hidromineral de Águas da Prata. “Cidades como Serra Negra e Águas de Lindoia estão percebendo que o ‘turismo de águas’ não funciona mais”, apontou Marcos Parolim, diretor do Instituto Planeta Plantar.
Parolim indica que “o turista deseja agora é diversão, é aventura, e nós temos potencial para oferecer treking, rafting, arvorismo, cavalos, tirolesa, canoagem e muito mais se cuidarmos bem do Rio Jaguari Mirim”. Neste momento, o Planeta Plantar executa um novo projeto que será realizado em várias etapas, visando a execução de ações ambientais para “a preservação e restauração da mata ciliar do Rio Jaguari Mirim, no trecho entre São João da Boa Vista e Santo Antônio do Jardim”.