Por Ana Paula Fortes
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O ano de 2024, como já é de conhecimento geral, é um ano bissexto, o que quer dizer que um dia será adicionado ao mês de fevereiro, resultando em um ano com 366 dias no total. A cada quatro anos, esta peculiaridade acontece e, embora muitos estejam conscientes deste fenômeno, poucos sabem por que ele ocorre.
O motivo do acréscimo é ajustar o ano civil (365 dias) ao ano solar, que é o intervalo de tempo que a Terra leva para completar a volta ao redor do sol. Esse tempo é de 365 dias, cinco horas, 46 minutos e 48 segundos.
História
Foi em 45 a.C. que Júlio César convocou o astrônomo Sosígenes para transformar o calendário romano em um calendário solar, alinhado pelas estações do ano. O ano comum, como ficou conhecido, contava com 365 dias divididos em 12 meses, de forma que em cada mês pudessem ser observadas as quatro fases da Lua.
Sosígenes propôs um calendário extremamente similar ao dos egípcios, com um dia adicional a cada quatro anos para se alinhar com o ano solar, com isso os romanos decidiram que esse dia seria em fevereiro, que na época era o último mês do ano e que passaria a conter dois dias 24.
Bissexto
O mês de fevereiro, naquele momento, contava com 30 dias. O dia 24 de fevereiro marcava os seis dias que antecediam a chegada de março.
O nome bissexto vem do latim ante diem bis sextum Kalendas Martias (‘o sexto dia antes das Calendas de Março’), ou seja, o dia 24 de fevereiro. Como a frase era longa, acabou resumida para “bis sextus”, que em português virou bissexto.
Calendário gregoriano
Em 1582, o papa Gregório reorganizou as datas e mudou o dia bissexto, que era 24 de fevereiro, para o dia 29. É esse o calendário que rege os dias de hoje. Se 6 horas a mais do ano solar, não fossem consideradas, em 372 anos haveria um atraso de 3 meses entre o ano solar e o ano civil. O que implicaria em determinar as estações do ano, pois elas começariam em datas muito diferentes. Assim, o ano bissexto é essencial para que o ciclo das estações do ano esteja bem definido.