Por Ignácio Garcia
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No dia 31 de outubro, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir do ano que vem, a imunização contra a Covid-19 passará a ser anual para grupos prioritários e crianças e será incluída no Calendário Nacional de Vacinação (CNV).
A prioridade, segundo a pasta federal, será crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da Covid: idosos; imunocomprometidos; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com comorbidades; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.
O Ministério da Saúde informou que a inclusão já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (Ctai).
“O que nós fizemos esse ano é trazer a vacina pra dentro do PNI [Programa Nacional de Imunização]”, disse a secretária de Vigilância e Saúde da pasta, Ethel Maciel, em coletiva de imprensa realizada em Brasília (DF).
A medida, conforme o ministério, também será lançada em uma nova campanha publicitária, a qual pretende reiterar a importância da testagem, da vacinação e do tratamento contra a doença que, de acordo com a secretária, mata ainda “em torno de 42 pessoas” por dia em todo o Brasil.
Atualmente, a imunização contra a Covid está à disposição de toda a população, de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para pessoas com mais de 6 meses de vida.
Orientações da pasta federal dá conta que maiores de 18 anos, os quais já tomaram ao menos duas doses da vacina, devem receber uma dose de reforço da vacina bivalente. Além disso, pessoas que ainda não completaram o ciclo vacinal ou estão com alguma dose de reforço em atraso podem atualizar a caderneta em qualquer unidade de saúde.
Nos últimos meses, segundo informações do g1, o Brasil vem acompanhando uma tendência global de variação nos casos de Covid-19. Segundo o último relatório da Fiocruz, estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo apresentam aumento de casos em adultos. Já a região Sul registra um crescimento mais lento.
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, por outro lado, veem um leve aumento em casos de Síndromes Respiratórias Agudas (Srags) positivos para Covid-19 em pessoas idosas, sem impacto significativo nos casos totais. O Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, que anteriormente tinham alertas de crescimento, agora mostram indícios de estabilização nas notificações. Esses dados correspondem à semana epidemiológica 42, de 15 a 21 de outubro.
CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO PRORROGADA
Também no dia 31 de outubro, o governo de São Paulo prorrogou a Campanha de Multivacinação até o dia 15 de novembro. Desde o lançamento até o dia 30 de outubro, mais de 630 mil crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos foram imunizados. A iniciativa também já verificou a carteira de vacinação de mais de 1 milhão de menores de 15 anos de idade em todos os 645 municípios paulistas.
O objetivo da prorrogação é aumentar as coberturas vacinais de todas as vacinas do calendário básico. Até o momento, a campanha checou a carteira de 225,5 mil bebês com menos de um ano e vacinou 178,4 mil deles. Entre crianças de 1 a 4 anos de idade, 304,5 mil compareceram aos postos de vacinação e 169,9 mil foram imunizadas. 229,6 mil crianças entre 5 e 8 anos tiveram suas carteiras verificadas e 83,2 mil delas receberam doses das diversas vacinas oferecidas. Na faixa etária entre 9 e 14 anos, 320,1 mil jovens foram aos postos e 199,1 mil receberam as vacinas. Entre as vacinas ministradas exclusivamente a crianças entre 9 e 14 anos, que incluem a vacina para HPV e Meningo ACWY, mais de 342 mil doses foram aplicadas.
A campanha de multivacinação disponibiliza imunizantes para Poliomielite, Meningocóccica C Conjugada, Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Febre amarela, Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae b), HPV (entre 9 e 14 anos de idade), BCG (tuberculose) e Covid-19.
Como parte da ação, os municípios recebem todo o apoio para oferecer as vacinas e fazer a checagem das carteiras de vacinação em escolas e outros locais de alta circulação ou em áreas rurais, além dos 5.000 pontos de vacinação já existentes no Estado. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) esclarece que cada município tem a sua própria estratégia e é responsável pela vacinação.
