Por Pedro Souza
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O basquete de São João da Boa Vista terá um representante na Seleção Brasileira que disputará o 16º Campeonato Mundial de Basquete Master, competição que reúne atletas com faixa etária acima dos 30 anos, e será disputado na cidade de Mar de Plata, na Argentina, de 25 de agosto e 3 de setembro. Compõe o grupo brasileiro Chile B e Equador, que estão no grupo F.
O ala/pivô e sanjoanense Marcelo Ratinho, 53, foi convocado para disputar a competição internacional e defender o Brasil C, que é organizada pela Federação Brasileira de Basquete Master (FBBM), após se destacar nos torneios masters que disputa. Ratinho atuará na categoria 50+. Os jogos terão transmissão ao vivo pela Fimba TV.
“Eu sempre joguei vários campeonatos masters depois que completei 40 anos, tanto Paulista quanto Brasileiro. Me viram jogando e me mandaram a carta de convocação. Fiquei muito contente, essa é a terceira vez que sou convocado, mas infelizmente por motivo de trabalho não fui nas duas anteriores. Será uma honra representar meu país na Argentina”, relatou Ratinho, que também é comerciante em São João da Boa Vista.
INÍCIO
O MUNICPIO conversou com o atleta de 1,93 metros de altura, que sempre foi apaixonado por esportes desde criança, especialmente pelo basquete. “Comecei a jogar basquete muito cedo, ainda quando estudava no Colégio Externato. Era minha paixão, faço questão de mencionar as minhas referências na cidade da época: o professor Neto, o Aldo Milan, o professor Zaneti, o professor Newton e o Osman”, disse.
O apelido ‘Ratinho’ surgiu quando estava na 5ª série da E.E. Domingos Theodoro de Oliveira Azevedo (popularmente conhecido como Ginasinho). “Eu gostava de jogar basquete e lá no Ginasinho não tinha minha categoria, só os mais velhos, então comecei a jogar com eles, era o mais baixo e mais magro da turma, além de ficar bravo com apelidos, mas é justamente assim que o apelido pega”, brincou.
PROFISSIONAL
Um dos pontos fortes de Ratinho era o arremesso, principalmente de longa distância. Por ter boa estatura e impulsão para a posição, o atleta também ajudava nos rebotes e nas assistências.
Características que o levaram ao basquete profissional, na qual jogou por quase 20 anos. “Tive uma experiência fantástica no profissional, em diversos times e várias conquistas. Além de ter jogado em São João, também tive passagens por Campinas, Casa Branca e Araraquara”, contou.
LESÃO
Em 1997, Ratinho teve a triste notícia que costuma assombrar os jogadores de alto rendimento. Ele rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho e optou por não operar na época. “Continuei jogando com uma joelheira cruzada que tinha ferros laterais para segurar, mesmo com dificuldades eu não desisti. Mas aos 39 anos, treinando na Esportiva, lesionei o joelho de novo, no mesmo lugar”.
Por conta da idade, Ratinho resolveu parar de jogar profissionalmente e finalmente operar o joelho. Aos 40, o atleta migrou para a categoria master, onde joga até os dias atuais. “Hoje em dia faço academia duas vezes por semana e jogo basquete de três a quatro vezes. Praticamente todo dia faço alguma atividade física para manter a boa forma”, finalizou.
