Saúde registra 18 casos positivos de dengue no trimestre em São João

Por Ignácio Garcia
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Dados do Departamento Municipal de Saúde referentes ao primeiro trimestre de 2023 indicam que São João da Boa Vista computou 18 casos positivos de dengue, doença causada através da contaminação pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. No mesmo intervalo do ano anterior, foram 15 casos confirmados.

Em 2020: dados da doença registrados em São João quando foi decretado estado de epidemia em 21 de fevereiro (Infográfico/Arquivo/Juliano Souza/O MUNICIPIO)

Tabela divulgada à reportagem mostra, ainda, que, entre janeiro e março, a cidade registrou 119 notificações para a doença — 18 ocorrências confirmadas e autóctones (quando são contraídas no município); nenhum caso importado, 86 negativos, 15 inconclusivos (aguardando resultados), 119 curados e nenhum óbito.

Separadamente, em janeiro, a cidade teve 60 notificações. Três confirmações (autóctones), 51 ocorrências negativas, seis inconclusivas e 60 curados. Fevereiro aparece com uma redução para 33 notificações, sendo nove confirmações (autóctones), 24 negativados e 33 curados. Já em março, dos 26 notificados, seis foram positivos (autóctones), 11 negativos, nove inconclusivos e 26 curados.

No ano passado — com exceção de novembro e dezembro, quando casos não foram disponibilizados na listagem da Pasta —, São João computou 74 casos confirmados em dez meses (janeiro a outubro) — sendo 73 autóctones—, em um universo total de 213 notificações, um caso importado, 131 ocorrências negativas, 23 inconclusivas (esperando resultado), 213 curados e nenhum óbito registrado. No mesmo ano, o mês com maior número de casos foi maio, com 17 confirmações de um total de 41 notificações.

HÁ TRÊS ANOS

Em 21 de fevereiro de 2020, ainda na gestão do ex-prefeito Vanderlei Borges de Carvalho (ex-MDB e atual PSDB), uma situação atípica fez com que o Departamento Municipal de Saúde decretasse estado de epidemia de dengue em São João, após a confirmação de 282 casos positivos na cidade. Apesar disso, ao longo daquele ano, e com expressivos números a cada mês, não houve nenhuma morte causada pela dengue.

Naquele fevereiro, São João somava 673 casos notificados, sendo 282 confirmados, sendo 262 autóctones — quando a doença é contraída na cidade — e 20 importados — oriundos de outros municípios. Ainda havia 248 pessoas aguardando resultados. Outras 129 deram resultado negativo.

Diante daquela situação crítica, o prefeito reunira diretores municipais e profissionais do setor de Vigilância Epidemiológica e Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para a definição de estratégias mais rígidas de combate à doença.

Uma das ações envolveu a aplicação de multas para locais em que fossem encontradas larvas do Aedes. A penalização foi uma forma de fazer com que donos de imóveis, locatários ou responsáveis mantivessem áreas (edificadas ou não) devidamente limpas.

Ainda naquele ano, 1.822 pessoas já foram infectadas pela dengue em nove meses, maior patamar de contaminações para o período e que representava média de 202,44 infectados por mês. E julho fora o mês com acréscimo de ocorrências mais expressivo: 426 casos em 20 dias, se considerado o intervalo dos dias 2 a 22.

Ainda pelos dados daquele período de 2020, foram 2.700 notificações acumuladas de janeiro até 25 de julho: 1.822 positivos, sendo 1.762 autóctones — que contraíram doença no município — e 60 importados, quando são oriundos de outras cidades, sejam eles do Estado de São Paulo ou de outra unidade da federação.

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