Por Bruno Manson
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Na segunda-feira (13), a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) efetuou a prisão dos quatro membros de uma família que recentemente protagonizaram momentos de terror no Jardim Aurora, em São João da Boa Vista. Foram detidos um homem de 49 anos e os filhos dele — de 18, 22 e 23 anos —, todos indiciados por tentativa de homicídio, tortura, dano qualificado e maus-tratos a animais, uma vez que também são suspeitos de terem matado um cachorro da raça Pastor Alemão.
Tudo começou com uma briga de casal ocorrida na noite de 16 de fevereiro. Após o embate, a esposa foi embora para a casa do pai dela, localizada no bairro Santo Antônio. Chegando lá, ela alegou que havia sido agredida, o que despertou a fúria dos familiares. Inconformado com o relato, o morador chamou os três filhos e armou uma emboscada para o genro.

AGRESSÃO
Na noite seguinte, pai e filhos foram à residência da vítima, no Jardim Aurora. Conforme apurado, o morador estava no imóvel, quando foi surpreendido por um dos indivíduos armado, em cima do muro. O morador foi ordenado a prender o cachorro. Neste momento, ele notou que o animal havia sido dopado, uma vez que não atendida aos chamados.
A partir daí, pai e filhos pularam o muro, renderam o genro e passaram a lhe agredir e a ameaça-lo de morte. O homem foi espancado e ferido no peito com um disparo de arma de pressão. Além disso, o veículo que estava na garagem foi danificado e teve os pneus cortados.
CRUELDADE
Em entrevista ao canal Notícias Policiais, a vítima relatou que, antes de irem embora, os agressores ainda teriam efetuado dois disparos contra o cão. Em seguida, eles fugiram e ainda arrastaram o corpo do animal pela rua. As imagens da fuga foram registradas por câmeras de segurança e rapidamente repercutiram nas redes sociais por conta do ato de crueldade. Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e realizou diligências para tentar encontrar os criminosos, mas ninguém foi localizado.
APURAÇÃO
Sob o comando do delegado Jorge Mazzi, a equipe da DIG iniciou a investigação do caso. Ao analisar as gravações de câmeras vizinhas, foi possível verificar os quatro indivíduos arrastando o cachorro pela rua e que um deles trazia um objeto semelhante a uma arma de fogo nas mãos. A Polícia Civil representou pelas prisões temporárias dos suspeitos, as quais foram rapidamente analisadas pelo Ministério Público e decretada pelo Poder Judiciário.
PRISÕES PREVENTIVAS
Pai e filhos foram apresentados ao Plantão Policial por um advogado. Eles foram interrogados e declararam que usaram uma espingarda de pressão para intimidar a vítima. Também negaram ter matado o cachorro, alegando que o animal foi dopado e abandonado na zona rural. Após a coleta dos depoimentos, os indivíduos foram detidos e encaminhados à Cadeia Pública. Com a conclusão do inquérito, Mazzi pediu a prisão preventiva deles e todos encontram-se encarcerados à disposição da Justiça.