São João tem milhares de faltosos de doses adicionais contra a Covid

Por Ignácio Garcia
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Mesmo com o plano de vacinação contra a Covid-19 para 2023 anunciado pelo Ministério da Sáude em 26 de janeiro, e com início das aplicações de vacinas bivalentes da Pfizer previsto para 27 de fevereiro em todo o Brasil, continua elevado o número de pessoas que ainda não procurou uma das 14 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de São João da Boa Vista para receber doses de reforço contra a doença.

No total, 21.760 pessoas deixaram de tomar a terceira dose (reforço) da vacina contra a Covid-19 em São João da Boa Vista (Reprodução/Rogelio V. Solis/AP Photo)

Dados do Departamento Municipal de Saúde (DMS) disponibilizados indicam que, até quarta-feira (8), havia 4.837 faltosos para a segunda dose e 21.760 para a terceira dose. Em ambos os casos, a Pasta não detalhou quais são as faixas etárias dos sanjoanenses que deixaram de tomar uma destas doses adicionais.

Segundo o Ministério da Saúde, só poderá tomar o reforço com a vacina bivalente quem já tiver tomado ao menos duas doses das vacinas contra a Covid monovalentes, que estão sendo ofertadas no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2021 — de qualquer laboratório. Ou seja: a pessoa que apenas tomou uma dose até agora, ainda terá que tomar a segunda dose da primeira versão do imunizante para estar apto a tomar o bivalente.

Fábio Ferraz, titular do departamento, informa que o recebimento das doses de reforço com a vacina bivalente contra a Covid-19 está previsto para 27 de fevereiro. “Trata-se de uma previsão do Ministério da Saúde, podendo sofrer alterações”, disse.

Ele ressalta que o reforço com a vacina bivalente será realizado nos grupos prioritários, idosos, gestantes, imunossuprimidos, trabalhadores de saúde, entre outros, de forma escalonada, conforme cronograma do Estado de São Paulo e disponibilidade de doses.

“Assim que recebermos informações mais concretas sobre o recebimento e quantidade de doses disponíveis, divulgaremos, para conhecimento de todos, o cronograma e os pontos de vacinação”, explicou.

QUEM PODERÁ RECEBER AS VACINAS BIVALENTES?

No País, segundo o Ministério da Saúde, o reforço com a vacina bivalente (imunizante de segunda geração — elaborado para oferecer uma proteção extra contra a ômicron e suas subvariantes) começa por grupos mais expostos ao risco da Covid-19 e foi dividido em quatro fases, na seguinte ordem de prioridade: 1ª etapa — pessoas com 70 anos ou mais, aquelas que vivem em instituições de longa permanência (ILPs), imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas; 2ª etapa — pessoas entre 60 e 69 anos; 3ª etapa — gestantes e puérperas; e 4ª etapa — profissionais da saúde.

As vacinas bivalentes da Pfizer estão autorizadas para uso na população a partir dos 12 anos — a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda analisa o pedido para aplicação em crianças de 5 a 11 anos.

De acordo com informações junto ao Portal g1, atualizadas há cerca de uma semana, até o fim de janeiro, a Pfizer afirmava que entregaria ao governo brasileiro cerca de 38 milhões de doses de vacinas bivalentes — dessas, 18,7 milhões chegaram ao País ainda em dezembro de 2022.

“O cronograma de entregas de fevereiro não foi informado pelo laboratório. Mas, de acordo com Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, já estão garantidos 49 milhões de doses bivalentes para vacinar os grupos prioritários”, informa o portal.

Segundo outras versões do plano de vacinação do governo, a estimativa é que mais de 39 milhões de pessoas façam parte destas primeiras quatro fases de vacinação — este número não conta grávidas, puérperas e imunossuprimidos, que não possuem estimativas exatas.

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