
O delegado federal Ricardo Andrade Saadi chefiará a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor) da Polícia Federal. Entre as áreas subordinadas ao órgão está a equipe encarregada de investigar políticos com prerrogativa de foro nos tribunais superiores.
A confirmação ocorreu na terça-feira (20), durante o anúncio dos nomes que integrarão a direção da corporação, divulgados pelo futuro ministro da Justiça e Segurança Pública e senador eleito, Flávio Dino (PSB-MA), e pelo delegado Andrei Rodrigues, escolhido para comandar a PF.
Natural de Vargem Grande do Sul, Saad é filho de Maria Inês de Oliveira Andrade Saadi e Paulo Saadi e neto do dr. Décio de Andrade Dias e Diamantina Maria de Oliveira.
TRAJETÓRIA
Especialista no combate aos crimes de lavagem de dinheiro, Saad já comandou o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (Drci). Também chefiou a Superintendência da PF no Rio de Janeiro (PF) entre abril de 2018 e agosto de 2019. Foi exonerado do cargo em meio a suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corporação para proteger familiares e aliados. Na época, o mandatário alegou “problemas de produtividade” para substituí-lo. Já o então chefe da corporação, Maurício Valeixo, afirmou que a substituição já estava prevista e que o delegado federal havia sido promovido para chefiar o Serviço de Repressão aos Crimes Financeiros. Em 2020, Saadi foi indicado para atuar como oficial de ligação junto à Europol, em Haia, na Holanda.