Por Daniela Prado
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“Naquele tempo era uso os homens da aldeia levarem seus pais idosos à floresta para morrerem de fome e frio.
Certa vez, um jovem empreendeu com o pai a derradeira caminhada. O gélido inverno levou o rapaz, condoído, a tirar o agasalho e a oferecê-lo ao velho.
O ancião recusou, porém, dizendo: ‘Guarde-o! Quando seu filho, por sua vez, vier trazê-lo para morrer, você não sentirá tanto frio.’
Embaraçado, o jovem reconduziu seu pai à aldeia e o bárbaro costume foi abandonado.”
Este fragmento, encontrado em uma edição da revista Nova/Cosmopolitan veiculada em 1978 e cuja autoria é atribuída a ‘um Conto de Grimm’, não especificado, remete à ideia de que, durante muito tempo, a velhice foi considerada um assunto delicado, que chega acompanhado de conflitos de gerações e requer cuidados que nem sempre se está preparado para enfrentar – inclusive pelo próprio idoso.
Porém, com a instituição do Dia Internacional do Idoso, pela ONU, para sensibilizar a sociedade para questões do envelhecimento e cuidados para com essa população, alguns avanços foram feitos e o Estatuto do Idoso também os ampara.
Dependendo do estilo de vida, muitas pessoas ultrapassam os 60 anos – quando cronologicamente tem início a chamada terceira idade- com disposição às vezes superior a de muitos jovens.
AMOR E SABEDORIA
Para a Marcella Freitas de Marín, atriz, dramaturga e diretora sanjoanense, sua avó América era uma das mulheres mais fortes que ela conheceu, cheia de amor e com muita alegria de viver.
“Alguém que via beleza ao seu redor. Eu não sei se ela, quando mais jovem, era assim ou se foi o vasto conhecimento adquirido durante a vida que, atrelados à grande inteligência que tinha, fizeram com que se tornasse a mulher que conheci. E por isso ela sempre foi e é minha maior heroína, minha maior referência e os 28 anos que tive a oportunidade de conviver com ela foram de grande aprendizado”, enfatizou.
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