REINALDO BENEDETTI
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O MUNICIPIO traz nesta edição uma excelente dica de viagem para quem não deseja pegar avião e prefere fugir do calor do Nordeste e das praias do litoral de São Paulo e Rio de Janeiro.
Este jornalista se ‘aventurou’ pelas curvas das estradas de Minas Gerais, abraçadas por serras imponentes e uma centena de pequenas cidades e vilas.
O destino escolhido foram duas cidades que são símbolo daquele estado, por ostentarem a riqueza de Minas Gerais, a diversidade da sua cultura, a beleza da natureza e, sem dúvida, o quanto a preservação histórica gera turismo e movimenta a economia de uma localidade.
O primeiro destino foi São João Del Rei, que possui acervo histórico, cultural e artístico inestimável. Saindo de São João da Boa Vista, são cerca de seis horas de viagem.
Por lá, as atrações são as mais diversas e guias ficam nos principais pontos turísticos oferecendo ajuda. E vale a pena contratar um destes profissionais, que cobram de R$ 100 a R$ 150 para mostrar os principais pontos da cidade e ainda contar parte da história. Sem eles, muitos detalhes podem passar despercebidos e o turista pode correr o risco de passar, por exemplo, pela Igreja de São Francisco de Assis e não apreciar as obras de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. O fundo dessa igreja é também bastante visitado e por lá existe um cemitério, onde está sepultado o ex-presidente Tancredo Neves.
São João Del Rei possui arquitetura que transita entre o barroco e o moderno. Com uma população de cerca de 90 mil habitantes, o centro histórico já foi rodeado pela modernidade. Mas, na parte preservada, é possível desfrutar de uma sensação incrível, em meio a uma arquitetura que impressiona, com igrejas enormes banhadas a ouro. Não fossem os carros, seria possível se imaginar nos áureos tempos coloniais.
Uma dica de gastronomia na cidade é o Restaurante Taberna D’Omar, no Centro Histórico, servindo comidas artesanais, em um ambiente de tirar o fôlego. Mas, basta um dia inteiro para conhecer São João Del Rei, que não possui vida noturna.
TIRADENTES
Na manhã seguinte, partimos para Tiradentes, distante cerca de 20 minutos de Del Rei. E lá encontramos um verdadeiro paraíso aos pés da serra. Diferente da sua vizinha já invadida pela modernidade e com em torno de 90 mil habitantes, Tiradentes tem poucas ruas, cerca de apenas 6.000 habitantes e é toda preservada.
Em Tiradentes vale a pena ficar mais dias, pois o local ostenta um fino e variado centro gastronômico que funciona até de madrugada, inúmeras lojas de artesanatos e doces, além de oferecer um clima ameno e ideal para quem procura uma boa comida acompanhada por um vinho ou cervejas artesanais.
A dica é ficar hospedado em pousadas no interior da vila histórica, o que possibilitará desbravar Tiradentes sem usar qualquer transporte, passeando a pé e sem pressa.
Entre os pontos de visita obrigatória está a Matriz de Santo Antônio, cartão postal de Tiradentes, cuja fachada é de autoria de Aleijadinho.
Enfim, uma viagem possível de se fazer em poucos dias, mas que trará um conhecimento riquíssimo e oferecerá bons momentos de lazer em famílias.
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