
A Seleção Brasileira de Natação, que contou com atletas de 17 a 21 anos, encerrou no dia 19 de março o Campeonato Sul-Americano de Esportes Aquáticos como líder no quadro de medalhas da natação, com o total de 11 ouros, 11 pratas e 14 bronzes, mesmo sendo a única equipe do torneio com a seleção sub-21.
A competição foi realizada no Parque Olímpico da Juventude, em Buenos Aires, na Argentina, com a participação de aproximadamente 800 atletas de 20 países diferentes, onde os dois melhores de cada prova por país estavam na disputa.
O Sul-Americano de Esportes Aquáticos teve um rígido protocolo de controle da Covid-19, onde todos os atletas realizaram testes RT-PCR, além das delegações ficarem no mesmo hotel, criando uma espécie de bolha da competição.
A seleção para representar o Brasil foi decidida no Troféu Brasil, em dezembro de 2020, no Rio de Janeiro. A diretoria de natação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) convocou 28 atletas (14 homens e 14 mulheres), para a disputa da competição sul-americana. Entre eles Victor Alcará, sanjoanense e atleta do Corinthians, foi convocado para defender a equipe masculina.
“A competição teve uma estrutura incrível, só de entrar no complexo já arrepiava. Antes de nadar, olhar no peito e ver o símbolo do Brasil dava uma energia a mais para cada prova, é uma experiência incrível. Durante a competição, convivi com muitos atletas que somos adversários nos campeonatos no Brasil, mas ali era um torcendo pelo outro”, contou Alcará.

SANJOANENSE DE OURO
Na quinta-feira (18), no terceiro dia de competição, o destaque brasileiro foi para a modalidade de revezamento 4x100m livre masculino.
O Brasil teve o melhor resultado alcançado na história do Sul-Americano, com 3min18seg54.
O sanjoanense Victor Alcará teve o melhor tempo do time, com 49seg02; completaram a prova Lucas Peixoto (49seg17), Victor Baganha (49seg61) e Guilherme Caribé (50seg74).
Esta marca não foi o suficiente para quebrar o recorde do campeonato, que é da Argentina, com 3min17seg54, no Sul-Americano de 2018. Mas passa ser a melhor marca do Brasil, que tem uma lista de respeito, com equipes que já contaram com algumas estrelas como Cesar Cielo, Bruno Fratus, Thiago Pereira e até Gustavo Borges.
Além do revezamento, Alcará nadou os 50 metros costas ficando em quinto lugar, com o tempo de 26seg56; e nos 50 metros livre com o tempo de 22seg66, garantindo a quarta colocação.
“Saí muito satisfeito e feliz com meus resultados, foi minha primeira competição pela seleção e já voltar com uma medalha de ouro é muito importante. Fico muito feliz e confiante para as próximas que virão, e uma delas já começa no próximo mês, que é a seletiva olímpica”, disse o atleta, agradecido por todos que ajudaram e torceram por ele.
