Estudantes da Unesp cobram construção da alça viária

Trecho: motoristas cruzam pelo meio da rodovia no local em que alça será construída – (Foto: Divulgação/Prefeitura)

FRANCO JUNIOR
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A necessidade da construção da alça viária, nas proximidades da Unesp, na rodovia que liga São João e Espirito Santo do Pinhal, mobilizou estudantes da Universidade a promoverem abaixo-assinado, salientando a urgência para que a obra tenha início. O documento, com mais de 300 assinaturas de alunos, professores e funcionários da Instituição de Ensino, será encaminhado ao Governo do Estado de São Paulo.

Para que a obra tenha início é necessário que a Sabesp faça remanejamento de cerca de 1.000 metros de adutoras de água no trecho para que a alça viária seja incluída no orçamento da Renovias, concessionária que administra a rodovia. Como esse trâmite segue desde o final de 2018 sem desdobramento, os estudantes da Unesp decidiram ressaltar ao governador João Doria (PSDB) a urgência para que o empreendimento saia do papel.

O idealizador do abaixo-assinado que será encaminhado ao governo estadual é o estudante Caio Vinícius Colozzo Grilo, do curso de Engenharia de Telecomunicações da Unesp. De acordo com o aluno, a ideia do documento surgiu durante Assembleia da universidade, no momento em que o quesito segurança era debatido.

“O número de alunos está crescendo constantemente na Universidade, todo ano são mais 80 discentes que ingressam [40 na engenharia de aeronáutica e 40 na engenharia de telecomunicações]. O trânsito para acesso do bairro em que situa a Unesp aumentou bastante, em horários de pico as filas ficam com centenas de metros com carros esperando para fazer uma ‘conversão’ na pista, além da dificuldade do acesso nestes horários ao campus. O risco de um acidente se torna altíssimo, uma vez que, alunos que moram ao redor da Universidade costumam ir a pé até a mesma. O único caminho para eles percorrerem é ao redor da rodovia e, em alguns casos, atravessar a mesma”, detalhou.

PEDIDO ANTIGO
O estudante ressalta que desde 2013, quando a Unesp se instalou em São João da Boa Vista, um ofício solicitando a criação de um dispositivo para acesso dos estudantes e acesso dos carros ao campus sem depender de cruzar a rodovia de maneira irregular, sem segurança, já havia sido protocolado. Este mesmo documento, assim como salienta o aluno, está em trâmite até hoje.

“A rodovia é estadual, não cabe à prefeitura intervir. Orçamento foi cotado e o valor de R$ 17 milhões, pelo que me lembro, foi negado pelo governador do estado. Um novo orçamento foi refeito, no valor de R$ 12 milhões, e aprovado pelo estado. Entretanto, quando as obras teriam início foi constatado que havia dutos da Sabesp e o projeto parou até a Sabesp removê-los, coisa que ainda não ocorreu”.

Caio Grilo revela que, neste meio tempo, entre orçamentos e descoberta da necessidade de retiradas das adutoras, o Estado voltou atrás com a decisão de construção da alça, porque um pedágio seria construído pouco mais à frente do trecho. Segundo ele, a empresa que construiria o pedágio desistiu de construir o mesmo, alegando que já estava vencendo seu prazo e não iria efetuar a obra por causa disso, já que não estava em seu plano também edificar o empreendimento.

“Devido a todos estes problemas foi iniciado um movimento com discentes, docentes e funcionários da universidade para solicitar apoio ao prefeito [Vanderlei Borges de Carvalho] para cobrar o governador do estado. Atualmente estamos com mais de 300 assinaturas em um abaixo assinado, somente de estudantes, docentes e funcionários da unidade da Unesp de São João da Boa Vista. Enquanto isso todos que necessitam acessar o bairro, têm enfrentado grande dificuldade nos horários de pico, principalmente as 18h”, concluiu o estudante, que destacou que o abaixo-assinado será protocolado no governo Estadual nos próximos dias.

ALÇA VIÁRIA
O projeto que irá mudar o trânsito na região da Unesp é pensado pela prefeitura desde 2013, quando a Universidade veio para São João da Boa Vista. A alça viária, assim que finalizada, será importante não só para acesso ao campus da Unesp, mas também à região da avenida Izette Fontão e à interligação de 13 bairros na região do Jardim Ipê e do Parque dos Resedás.

Diversos fatores impediram -e ainda impedem- que a construção da alça viária tivesse início. Um deles, que já foi resolvido, era a desapropriação das áreas nas margens da rodovia, questão essa que foi resolvida em novembro de 2017, com publicação no Diário Oficial pelo Governo do Estado de São Paulo.

Outras barreiras que ainda precisam ser quebradas para que a obra tenha início são a conclusão da análise pela Artesp, o remanejamento das adutoras pela Sabesp e a inclusão da obra no contrato da Renovias.

Segundo apurado pelo O MUNICIPIO, o prefeito Vanderlei Borges de Carvalho (MDB) cobrou a Sabesp para que a Concessionária dê um prazo para que os dutos sejam remanejados.

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