A sessão da Câmara, realizada na última segunda-feira (29), foi marcada por debates sobre a Saúde pública da cidade e a Santa Casa. O vice-prefeito, Ademir Boaventura (PSDB), esteve no Legislativo e foi ‘cobrado’ para que o município possua uma UTI Neonatal. Ao final da reunião, o vereador Rui Nova Onda (PTB) sugeriu que sobra orçamentária, que seria devolvida à Prefeitura de São João, seja investida para, pelo menos, um leito Neonatal.
A convite da Câmara, Boaventura esteve no Legislativo sanjoanense. Cobrado na última sessão por um sanjoanense a respeito da UTI Neonatal que prometera ainda como vereador, ele destacou os esforços realizados para que isso fosse possível.

O vice-prefeito relembrou que esteve perto de concretizar a vinda deste equipamento para São João por meio do projeto chamado Rede Cegonha, em que o governo federal ficaria responsável pela instalação e manutenção da UTI Neonatal. Entretanto, devido à Santa Casa, à época, não possuir CND (Certidão Negativa de Débitos), não foi possível.
“Chegamos a cadastrar a Santa Casa para ser beneficiada pelo projeto, mas, infelizmente, não foi possível a aprovação do governo federal por conta da falta da certidão”, pontuou Boaventura.
E também ressaltou, durante a explanação, os números de internações necessárias nos hospitais sanjoanenses neste tipo de UTI. De acordo com dados apresentados por ele, do início do ano até o final deste mês de outubro, a Unimed precisou realizar sete transferências neonatais, enquanto a Santa Casa fez 11.
“A Santa Casa teve o dobro de partos realizados, com uma média de quase 100 por mês. Se analisarmos as transferências para UTI Neonatal necessárias, a média é de uma ao mês, o que faz com que, para São João, seja necessário ao menos um leito neonatal”, salientou.
Boaventura revelou que a saída poderia ser a mesma que diversas cidades já encontraram, que é a de comprar um leito em um hospital da região para realizar as internações necessárias. Ele pontuou que o custo para um leito deste porte é de cerca de R$ 30 mil por mês.
SOLUÇÃO
Ao final da fala do vice-prefeito, o vereador Rui Nova Onda sugeriu que a Câmara Municipal pudesse adquirir esse leito por meio da sobra do orçamento do Legislativo, o chamado duodécimo.
“Acredito que a saída seria que a Câmara comprasse esse leito por meio da nossa sobra [orçamentária]. O dinheiro a ser devolvido é o suficiente para comprarmos até dois leitos, então, acredito que essa seja a saída. É uma verba que economizamos durante todo o ano e que poderíamos fazer essa doação em benefício da população sanjoanense”, pontuou.
O pedido do edil foi acatado pelo presidente da Câmara, Gérson Araújo (MDB), e pelos demais vereadores. “Vamos analisar agora as possibilidades para que possamos adquirir esse leito. Será uma ação em benefício dos sanjoanenses, feita por meio do trabalho conjunto de todos nós, vereadores”, completou.
Por Franco Junior.
Bem, quanto ao fato de “comprar” um leito em hospital da região, na minha opinião, é ‘bola fora’; afinal, a Santa Casa de São João é o maior hospital da região e presta atendimento a diversas cidades, ou não? As crianças das cidades que “usam” a Santa Casa teriam a mesma prioridade das de São João no uso do leito “comprado” da UTI-Neonatal? Quanto ao dinheiro que sobra da Câmara Municipal anualmente, acredito que de para mais de dois leitos; o problema é que tem quem espera esse repasse e talvez não queira abrir mão. Será que um estudo mais elaborado não conseguiria implantar a UTI-Neonatal na Santa Casa e mante-la, tanto com a sobra anual da Câmara Municipal, e mais, com a ajuda de outros convênios com o Ministério da Saúde? Será que a Santa Casa já tem Certidão Negativa de Debito para se qualificar à Rede Cegonha? O que não adianta é falar, falar e não fazer! Afinal, essa UTI foi base de campanha em três eleições. Parabéns, Rui Nova Onda, pela ideia maravilhosa! QUE O POVO SE LEMBRE DESSE SEU GESTO NO FUTURO!!!