Semana passada, uma notícia que circulou bastante na mídia foi o afastamento da cantora Simaria de seus compromissos e Shows, por motivos de saúde.
Simaria ficou internada e, após vários exames, chegou-se ao diagnóstico de tuberculose ganglionar.
Henrique Beraldo dos Santos Mattos, médico residente de Clínica Médica do Hospital Militar da Área de São Paulo – HMASP, esclareceu à reportagem do O MUNICIPIO algumas questões a respeito dessa misteriosa doença.
PULMONAR X GANGLIONAR
Henrique apontou que a tuberculose é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch.
“Quando essa bactéria afeta os pulmões, que é a forma mais comum, é denominada tuberculose pulmonar, mas ela pode atingir outros órgãos também e, quando afeta os gânglios linfáticos (linfonodos), denomina-se tuberculose ganglionar”, justificou o médico.
SINTOMAS
Segundo Henrique, os sintomas da tuberculose ganglionar são febre, emagrecimento e aumento progressivo, assimétrico e indolor dos gânglios, principalmente do pescoço, das axilas, da região da clavícula, do tórax e da virilha.
“Basta o paciente estar infectado pela bactéria que ele pode desenvolver o quadro. Porém, sua apresentação é mais comum em pacientes imunodebilitados, sendo a forma mais comum de tuberculose extra-pulmonar em pacientes HIV positivos”, destacou.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
O médico acentuou que o tratamento para tuberculose ganglionar é realizado através da administração de um conjunto de medicamentos antibióticos tomados por via oral, disponibilizados pela Atenção Básica de Saúde.
“A vacina BCG, realizada no primeiro mês de vida, é a forma mais importante de se prevenir as formas graves da doença, como a tuberculose meníngea. Porém, essa vacina não previne a tuberculose ganglionar”, alertou Henrique.
O médico lembra que a única forma de transmissão do bacilo ocorre na tuberculose pulmonar, pelo ar, através da tosse, espirro ou fala.
“Por isso, recomenda-se evitar conviver em mesmo ambiente que pessoas infectadas e que não estejam realizando o tratamento, evitar aglomerações, evitar contato prolongado com pacientes portadores da doença pulmonar, evitar ambientes fechados e com pouca luz e, quando não for possível, utilizar equipamentos de proteção individual, como a máscara N95”, finalizou.