Tratamento precoce é debatido durante sessão na Câmara

Câmara: tratamento precoce esteve na pauta discutida pelos vereadores (Divulgação/Câmara Municipal)

Alvo de questionamentos pela comunidade científica mundial, a real eficácia do tratamento precoce contra a Covid-19 esteve entre os principais assuntos debatidos na segunda-feira (15) na Câmara Municipal. Um dos requerimentos apresentados na sessão ordinária trouxe um anteprojeto de lei, que versa sobre a disponibilização gratuita de medicamentos para este tipo procedimento na rede SUS (Sistema Único de Saúde) de São João da Boa Vista durante o período de pandemia. O documento é de autoria de Luiz Paraki (REDE), Aline Luchetta (REDE), Rodrigo Barbosa (PSB), Júnior da Van (PSD), Bira (PL) e Claudinei Damalio (PSD).

Durante a reunião, Bira relatou que considera esta medida importante e ainda mencionou o caso de sua irmã, a qual contraiu Covid-19 e enfrentou uma pneumonia ao mesmo tempo. O edil contou que ficou desesperado com a situação dela e pediu ajuda a um médico, que lhe receitou um novo medicamento que a teria ajudado na recuperação da saúde. Além disso, ele ainda falou da necessidade de se ter um atendimento mais rápido à população, para que a doença seja detectada em seu estágio inicial, facilitando assim os procedimentos do tratamento precoce. “Somente assim vamos conseguir desafogar nossa Santa Casa”, comentou.

 

ASSUNTO DELICADO

Em meio à discussão, Carlos Gomes (PL) destacou que tem acompanhado o debate em relação ao tratamento precoce e fez algumas observações acerca deste procedimento. “Eu só faço uma ressalva. E essa ressalva não sou eu quem faz, mas o mundo. É com relação ao tratamento com cloroquina. A gente sabe que tem muito médico que indica, mas hoje, o tratamento por ivermectina e cloroquina, só pode ser utilizado se o médico recomendar o uso e se o paciente autorizar”, relatou. “É necessário que nesse tratamento precoce, tudo isso seja visto, porque é um momento delicado. Muito delicado”, alertou o edil.

“A gente percebe que existem muitas posições. Na hora do desespero, a pessoa quer tomar alguma coisa. Ela quer fazer alguma coisa. Só que ela tem que tomar o cuidado para que não tome alguma coisa que mais tarde vá lhe prejudicar. Tem-se muito falado na imprensa e no mundo que existem alguns casos de tratamento com cloroquina e ivermectina que dão efeitos colaterais. Essa é uma situação que tem que ser muito pensada, tem que ser garantida pelo médico e autorizada pelo paciente. Aí eu concordo”, concluiu.

 

OPINIÕES

Ao falar sobre a proposta, Júnior da Van elogiou os médicos envolvidos no projeto São João pela Vida, os quais defendem uma abordagem precoce – ainda no início da sessão, ele apresentou uma Moção de Apoio para os colaboradores engajados nesta iniciativa.

Na ocasião, o edil queixou-se da forma como estão ocorrendo os atendimentos médicos nas Unidades de Saúde e defendeu que este procedimento fosse adotado na rede. “Acho que têm várias opções e o tratamento precoce é uma dessas”, declarou o vereador. “Em time que está ganhando não se mexe, porém, estamos tomando de goleada da Covid faz um ano”, prosseguiu.

Logo em seguida, Mercílio Macena (PTB) contou que o tratamento precoce foi fundamental para salvar sua vida e também a de sua esposa – que é asmática e chegou a ficar com 30% do pulmão comprometido pela Covid-19. Segundo o edil, ambos foram submetidos a este tipo de procedimento durante o atendimento no Hospital e Maternidade Unimed.

Finalizando, Aline Luchetta comentou que o anteprojeto encaminhado determina os protocolos a serem seguidos e mencionou conhecer pessoas que obtiveram bons resultados com o tratamento precoce.

 

ANÁLISE

Após a discussão, o requerimento foi votado e aprovado. Com isso, o anteprojeto será encaminhado para a prefeita Maria Teresinha de Jesus Pedrosa (DEM), à qual caberá analisar a viabilidade e real eficácia desta medida para determinar se irá ou não pôr esta proposta em prática.

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