Empresas sanjoanenses miram o mercado internacional

Isabela Flores: Luiz Torres destaca olhar da empresa para o mercado internacional – (Foto Divulgação)

REINALDO BENEDETTI
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Dois grupos empresariais sanjoanenses foram destaque, na última semana, em órgãos de imprensa nacionais especializados no setor econômico: Grupo Flora e Perfect Flight.
O motivo é que as duas empresas firmaram parcerias visando atingir o mercado internacional, cada uma em um ramo bastante diferente.

A Revista Exame anunciou que o Grupo Flora, que tem o sanjoanense Luiz Torres como sócio majoritário e possui sede em São João da Boa Vista, vai expandir seus negócios para mais de 30 países.

Da pequena Isabela Flores, criada por Torres em 2007, os negócios foram crescendo e, em 2017, surgiu o Grupo Flora, de venda de flores e cestas pela internet e dono das marcas Flores Online, Isabela Flores e Uniflores.

Para se ter uma ideia da amplitude dos negócios, os sanjoanenses têm como parceiros a americana 1800Flowers, maior floricultura do mundo, e o fundo de investimento BR Opportunities, que teve um case de sucesso em 2017 quando vendeu a Mãe Terra por R$ 300 milhões para a Unilever.

Agora, eles e seus parceiros irão expandir a atuação do grupo para mais de 30 países, como Alemanha, Reino Unido, Argentina, México, Emirados Árabes, entre outros.

O grupo de e-commerce firmou parcerias com 10 grandes redes globais de flores, que têm centros de distribuição para preparar e enviar os produtos em grandes cidades nesses países. Aos poucos, também irá incluir as floriculturas locais desses países em sua plataforma para atingir novas regiões.

“Percebemos que estávamos no momento certo para internacionalizar nossa operação, pois já estamos bem consolidados no Brasil”, afirmou Thiago Almeida Dias, diretor de novos negócios do Grupo Flora.

Ao O MUNICIPIO, Luiz Torres disse que percebeu que era possível replicar o modelo de negócio do grupo sanjoanense para vários outros países. “O único desafio era a questão do pagamento e hoje a gente consegue receber pagamento do mundo todo e pagar fornecedores para o mundo todo. Uma plataforma que a gente se conectou. Um trabalho de mais ou menos 5 meses”, detalha.

Mesmo crescendo de 25% a 30% ao ano, o empresário buscava um salto maior para a empresa. “E com essa internacionalização acreditamos que alcançaremos esse objetivo”, conta e adianta que o grupo pretende entrar em novos mercados, transformando-se em multicategoria e não mais comercializando apenas flores.

NÚMEROS
Atualmente, o Grupo Flora registra cerca de 650 vendas por dia, em torno de 240 mil por ano.

Em dezembro de 2018, os sanjoanenses diziam que para 2019 o objetivo era manter o ritmo de crescimento e que a expectativa era que o grupo atingisse R$ 80 milhões em faturamento nos próximos três anos.

Agora, com a entrada no mercado internacional, esses valores podem mudar bastante.

Perfect Flight quer expandir negócios para América Latina, Estados Unidos e Europa

Primos: Josué e Kriss Corso querem expandir Perfect Flight na America Latina, nos EUA e na Europa – (Foto: Divulgação)

O jornal Valor Econômico trouxe, na última semana, reportagem destacando a startup sanjoanense Perfect Flight, de propriedade dos empresários Kriss Corso e Josué Corso.

Atuando na cadeia produtiva do agronegócio, com rastreabilidade e gestão sustentável da operação de pulverizações de insumos por meio de tecnologia web nuvem (Cloud computing architeture), a Perfect Flight fechou parceria com o empresário Norival Bonamichi, sócio-fundador da indústria veterinária Ouro Fino e da empresa de mesmo nome que atua no segmento de agrotóxicos.

Bonamichi investiu R$ 3 milhões na startup e terá 12% do capital da empresa, avaliada em cerca de R$ 25 milhões.

O fundador da Ouro Fino será o presidente do conselho da companhia e poderá investir outros R$ 3 milhões caso a empresa cumpra metas pré-estabelecidas.

E o investimento de Bonamichi vai ajudar a Perfect Flight a expandir sua atuação para outros países.

Isso é o que garante Kriss Corso, o qual, junto do primo Josué, detém 60% da empresa. “A gente já vem prospectando essa expansão internacional há algum tempo. Algumas das nossas patentes já saíram, como por exemplo da Argentina. Então já estamos com um projeto bastante arrojado com alguns parceiros que vamos revelar num segundo momento, para fazer toda a América do Sul, Norte e Central. E já estamos evoluindo bastante na Austrália”, conta.

Corso ainda revela que estão em fase final de negociação com um fundo americano que vai comprar uma porcentagem pequena da Perfect Flight, mas que vai permitir que a expansão internacional ocorra em razão do nível de parceiros que o fundo tem e pelo que já investiu.
Hoje, a sanjoanense já tem como parceiros e clientes empresas como a multinacional Syngenta, Raízen, Cosan e Shell. (R.B.)

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