Médico alerta para infarto, especialmente em jovens

O dia 28, em que é celebrado o Dia Mundial do Coração, é a data em que se visa conscientizar sobre diversos problemas que afetam este órgão, um dos mais importantes senão o principal do corpo humano.

Há seis anos, a campanha ‘Coração Alerta’ surgia, visando atentar para a redução de mortes por infarto – na ocasião, a conta era de que cerca de 80 mil pessoas morriam por infarto no Brasil, uma a cada 5 minutos.

Hoje, esse número ultrapassou os 100 mil, segundo dados da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).

(Imagem: Reprodução)

Segundo Ronaldo Della Monica Silva, médico cardiologista e sócio da Procardio – Cardiologia & Saúde (no edifício Blue Center – cj 23), entende-se por infarto agudo do miocárdio a doença em que ocorre a obstrução de uma artéria que nutre o músculo do coração – a artéria coronária.

“Os principais fatores desencadeantes são hipertensão arterial, diabetes, aumento de colesterol, tabagismo, obesidade e sedentarismo, entre outras”, destacou.

O médico salientou que este problema cardíaco pode acometer pessoas de qualquer idade, inclusive jovens, uma vez que há casos onde a gênese da doença ocorre por fator genético, independentemente de seguir dieta equilibrada e da prática de exercícios físicos.

“Indivíduos jovens e esportistas que possuam componente hereditário ou fatores de risco podem apresentar ruptura de placa de gordura e desenvolver o infarto do miocárdio. Pessoas usuárias de drogas ilícitas, como a cocaína, podem apresentar contração das artérias coronárias e evoluir com infarto, mesmo tendo artérias saudáveis”, alertou.

Por outro lado, o cardiologista pontuou que nem sempre sofrer infarto significa a morte, pois infartar diz respeito à interrupção parcial ou total do fluxo sanguíneo ao músculo do coração, gerando morte de uma parte pequena ou grande do mesmo.

“Neste caso, alguns poucos pacientes podem apresentar agudamente arritmias cardíacas, que ocasionam morte súbita e outros (a maioria), sequela da proposta lesão do miocárdio, que pode desencadear insuficiência cardíaca com perda da função de bomba do coração”, justificou.

COMO PREVENIR

Ronaldo ressaltou que a melhor maneira de prevenir o infarto ocorre pela consulta médica cardiológica preventiva desde idades precoces – nela será colhida história clínica e antecedentes do paciente, abordagem do exame físico com análise de pressão arterial e ausculta cardíaca, por exemplo.

“Além disso o paciente fará exames laboratoriais, teste ergométrico e outros de imagem, como o Ecocolorcardiograma e avaliação de espessura carotídea, no sentido de estratificar o risco de apresentar infarto nos próximos 10 anos”, disse.

E finalizou lembrando que, a partir desta abordagem, o cardiologista poderá recomendar o melhor tratamento, como controle de pressão, glicemia e colesterol, aliados a dieta e atividade física preventivas.

Por Daniela Prado

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