Depois da facada

A primeira pesquisa após o atentado sofrido pelo candidato do PSL Jair Bolsonaro, e a exclusão definitiva do ex-presidente Lula da base de perguntas aos entrevistados, trouxe pouca lucidez ao cenário que se divisa. Para quem acreditava que a vitimização proporcionada pelo ato insano (até agora, ao que apuraram, isolado) pudesse catapultar definitivamente a candidatura, dando, para os entusiastas, vitória no primeiro turno, não se concretizou.

As intenções de voto cresceram pouco, mas, no segundo turno, perde para os principais oponentes. O momento da pesquisa ainda traz um problema. O nome Haddad não se havia configurado como o candidato oficial do PT, mas, mesmo assim, conseguiu a marca de 10 pontos. Vamos ver como ficará daqui para frente com a campanha maciça do Partido dos Trabalhadores sem o trocadilho. Teremos vinte dias de luta, por cada palmo de chão, para os postulantes ao Planalto agradarem aos eleitores.

Quanto ao atentado, vimos como é perigosa a propagação do ódio ao se fazer política. Tivemos há algum tempo a caravana petista atingida por tiros no sul do país em protesto contra suas ideias. A radicalização de opiniões sempre existiu, mas tomou corpo, nesta recente democracia, depois da eleição de Dilma Rousseff. Os derrotados, não aceitando o resultado das urnas, partiram para todos os tipos de ataques. Deu no que deu!

Agora, sem sabermos que rumo as campanhas tomarão, pois podem acontecer evoluções em cenários inimagináveis, cabe a cada um de nós aceitar a vontade da maioria e evitar os embates insanos, principalmente nas redes sociais. Precisamos de ideias e não do ódio.

Fernando Dezena
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