Preços dos pescados têm variação de 13% em São João

A duas semanas da Páscoa, o preço dos pescados apresentou variação média de 13% entre cinco tipos de produtos pesquisados em pelo menos três estabelecimentos comerciais de São João da Boa Vista (SP). O resultado percentual levou em consideração os preços – do maior para o menor – do lombo do bacalhau, posta do filé de salmão, filé de tilápia, filé de merluza e a sardinha.

Pela pesquisa, o quilo do lombo do bacalhau custa entre R$ 50 e R$ 75, uma diferença de 13%; enquanto o quilo da posta do filé de salmão fica entre R$ 47 e R$ 70 (11%); o quilo do filé de tilápia entre R$ 35 e R$ 40 (9%); o quilo de filé de merluza entre R$ 19 e R$ 25 (15%); e o quilo da sardinha entre R$ 14 e R$ 20 (16,7%).

Dentre os itens pesquisados, o que apresentou menor variação, de 9%, foi o quilo do filé de tilápia, com preço médio de R$ 36,66 entre os três comércios pesquisados. A espécie, aliás, é uma das grandes apostas da indústria de pescados do Brasil – junto ao bacalhau – para a Páscoa deste ano, segundo a Abipesca (Associação Brasileira da Indústria de Pescados).

De acordo com Eduardo Lobo, presidente da associação, cada região tem seus pescados mais comuns e a grande variedade de opções é um aspecto muito positivo para o país. “A tilápia, por exemplo, produzida tanto na região Nordeste, quanto no Centro-Oeste e Sudeste, deve assumir lugar cativo na mesa do consumidor brasileiro em virtude da sua alta qualidade e fornecimento contínuo”, disse.

Para a Abipesca, os produtos mais nobres que devem ser consumidos neste ano são salmão e bacalhau, seguido da tilápia, e os peixes da bacia amazônica como pirarucu, tambaqui e pintado. Quanto aos pescados mais populares, estão divididos entre corvina, sardinha e cavalinha.

O aposentado Edson Ramar Vieira, 64, apontou que os preços estão bons neste ano, ao contrário dos anos anteriores. “Estão acessíveis. O preço do bacalhau, por exemplo, para a época, está dentro dos padrões por ser um produto nobre. Gosto muito de peixe, independentemente da qualidade, e vou consumir sim nesta Páscoa”, disse.

A comerciante Tatiana Andrade Ribeiro trabalha com pescados e falou da expectativa de venda para a Páscoa. “Os preços, tirando o salmão, não vão aumentar. Esse negócio de que peixe sobe devido à época é mito. Estamos com expectativa de venda um pouco menor em relação aos outros anos por conta da crise, que somente neste ano começou a afetar a gente. Espero vender, infelizmente, 10% a menos que em 2017. Não gostaria, mas já estou preparada para isso”, concluiu.

MERCADO NACIONAL

A Páscoa de 2018 deverá proporcionar ao setor das indústrias de pescados, um aumento no volume em torno de 17%, informou a Abipesca (Associação Brasileira da Indústria de Pescados) ao O MUNICIPIO.

Segundo a associação, o pescado mais consumido no período continua sendo o bacalhau e, em segundo lugar, aparece a tilápia, que é, hoje, o filé de carne branca mais consumido no país; o terceiro lugar vai para o salmão. “O salmão vem ganhando terreno e a cada ano que passa sendo mais consumido pelos brasileiros”, informou.

O quarto lugar no ranking de consumo será dividido em um sortimento de peixes que variam de acordo com as regiões do Brasil. “Cada região tem sua particularidade. A pescada amarela se destaca na região Norte e Nordeste. Já o Sul e Sudeste tende ao consumo de corvina, tainha e anchova. A região Centro-Oeste concentra o consumo nos peixes da bacia amazônica e, nos peixes cultivados nas águas dessas regiões, o pirarucu é um exemplo”.

De acordo com a entidade, a sardinha não pode ficar de fora, pois é um peixe também muito apreciado pelo brasileiro. “Pode ser encontrada pelo consumidor, tanto fresca ou congelada, como também em conserva, facilitando o acesso de toda a população do Brasil, inclusive das pessoas que não têm nem geladeira; e o filé de merluza argentina, que vem como opção de filé de peixe branco com preço bem acessível”, afirmou.

A Abipesca informou que não haverá um campeão absoluto de vendas, porém, a tilápia, que cada vez mais está sendo produzida no Brasil e ofertada continuamente à população durante o ano, ganha a cada Páscoa um espaço maior, seguida dos produtos importados como filé de merluza da Argentino, salmão do Chile, bacalhau português e norueguês que, no momento atual, com um câmbio mais estável, ficam acessíveis à população.

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